Onaireves Moura pode voltar para a cadeia. O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) foi condenado a um ano, um mês e seis dias de prisão, devido a acusações contra Mário Celso Petraglia, ex-presidente do Atlético.
A decisão é da 10.ª Vara Criminal de Curitiba. O julgamento foi em primeira instância e ainda cabe recurso. “Esse processo foi em função daquelas denúncias que ele fez contra mim, quando a Arena foi indicada para a Copa do Mundo de 2014. Não provou nada e está condenado”, diz Petraglia.
Em junho de 2007, Moura divulgou um vídeo em que fazia diversas denúncias contra o então presidente do conselho deliberativo do Atlético. A primeira exibição foi em um almoço numa churrascaria, contou com a presença de dirigentes de clubes da capital e do interior.
Moura atribuía a uma suposta perseguição de Petraglia vários revezes jurídicos. Entre eles, uma prisão por sonegação fiscal em 2000 e os três processos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que resultaram numa suspensão de 6 anos e 2 meses ao antigo cartola da FPF. Também disparava contra a lisura fiscal de Petraglia na gestão de suas empresas, de seus imóveis e do próprio Atlético.
“Além de não apresentar provas, ele se recusou a justificar qualquer coisa. Foi tentado um acordo, ele prometeu se retratar, mas não o fez”, diz Renato Andrade, advogado de Petraglia. Segundo Andrade, o dirigente atleticano não move ação na área cível, nem pediu qualquer indenização.
Moura dirigiu a FPF entre 1985 e 2007, quando foi afastado pelo STJD. Logo depois, foi preso e passou 144 dias na cadeia, acusado de comandar um esquema que desviou R$ 5 milhões dos cofres da FPF.
A reportagem tentou entrar em contato com Moura e seus advogados, mas não obteve resposta.
