O chefe da Federação Paranaense de Futebol (FPF) dará, pela primeira vez, explicações formais a respeito do ?caso bruxo?. Onaireves Moura presta depoimento hoje, às 14h, no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), no segundo inquérito que apura a corrupção no futebol paranaense.

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Até então livre das denúncias de maracutaia, Moura não escapou da metralhadora giratória do ex-árbitro José Francisco de Oliveira. Em depoimento ao canal ESPN Brasil, Cidão disse que o presidente da FPF ?vendeu? ao comandante do Ponta Grossa, Antônio Mikulis, o jogo contra o Prudentópolis, pela Série Ouro do Estadual de 2000. O suborno custaria R$ 50 mil e incluiria a troca na escala de árbitros para que Cidão apitasse o jogo. O árbitro garante ter em mãos o cheque de R$ 5 mil que lhe caberia pelo acerto, segundo ele não concretizado.

No dia seguinte às denúncias, Moura rebateu publicamente as declarações de Cidão, usando como argumento, entre outros fatos, o rebaixamento do Ponta Grossa naquela temporada. O presidente também mandou ofício ao TJD pedindo para ser ouvido no inquérito.

O auditor Paulo César Gradella Filho, que comanda a investigação, vai ouvir amanhã Antônio Mikulis e na quinta-feira José Carlos Marcondes, o presidente da Comissão de Arbitragem em 2000.

Parada

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O primeiro inquérito do caso Bruxo será ligeiramente esfriado por causa dos trâmites burocráticos. Tanto o recurso da defesa dos 8 eliminados do futebol quanto o da procuradoria do TJD – que pede a mesma punição aos cinco absolvidos, chegam esta semana ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. A procuradoria do STJD analisa a ação e decide se ela irá para julgamento – fato considerado certo. A sentença definitiva deve ser anunciada até o início de dezembro.