Rio de Janeiro – Quarta-feira, 10 de agosto de 2016. Nenhuma prova mais relevante nos Jogos Olímpicos. Aquele dia em que apenas os fanáticos por esporte (como a gente…) estão ligados na TV. Afinal, é um dia com uma eliminatória de natação, com jogos da primeira fase do basquete e do vôlei, uma ou outra luta no judô, um jogo de futebol em São Paulo… E quando vamos somar, são 55 eventos esportivos no mesmo dia, sendo cinquenta no Rio de Janeiro.
Esse exercício, feito pelo diretor de operações do Comitê Organizador Local (COL), Leonardo Gryner, deixa evidente a complexidade da Olimpíada. “A Copa é difícil de ser organizada porque você trata com doze cidades, doze prefeituras, doze governos. Mas a Olimpíada é um evento gigantesco e praticamente todo centralizado em um local. Isso torna a operação muito mais difícil”, disse o secretário-executivo do ministério do Esporte, Luiz Fernandes. “É só pensar que uma cidade vai receber cinquenta jogos de futebol em um mesmo dia”, completou Gryner.
Os números da Olimpíada assustam. Tudo é grandioso e complicado – e tudo acontece ao mesmo tempo. “Não é à toa que teremos mais de cem mil pessoas trabalhando”, afirmou Leonardo Gryner – citando os oito mil funcionários do COL, os quarenta mil terceirizados e os mais de setenta mil voluntários. “É a maior operação logística em tempos de paz”, completa o diretor.
O risco de o Rio de Janeiro entrar em colapso nesses dias foi rechaçado pelas autoridades. “As obras de legado estão prontas ou em andamento. Então a jornada das Olimpíadas não precisa ser tão dolorosa quanto a da Copa”, disse o prefeito Eduardo Paes, que nos últimos dias vem se dedicado a rebater as críticas que a cidade vem recebendo.