A Olimpíada, que estava marcada para o final de julho, foi adiada. Foi o desfecho de uma crise sem precedentes no movimento olímpico, com os comitês nacionais pressionando o Comitê Olímpico Internacional (COI) para uma solução diante da pandemia do novo coronavírus. Os Jogos devem acontecer em julho de 2021.
A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que também confirmou que fez este pedido ao presidente do COI, Thomas Bach. Em conversa telefônica, Abe e Bach acertaram o adiamento, que era evitado pelo dirigente olímpico por conta dos gigantescos acordos comerciais que envolvem os Jogos.
Entretanto, falou mais alto a pressão, principalmente dos atletas. Nas últimas semanas, alguns dos principais nomes dos jogos deixaram clara a insatisfação com a posição até então irredutível do COI em não mudar a data da Olimpíada. Por conta das medidas de restrição decretadas por vários governos, a preparação foi prejudicada, quando não interrompida. E também quase 40% das vagas para os Jogos não foram ainda definidas.
O adiamento da Olimpíada completa um ciclo histórico para o esporte mundial. Nunca, nem nos tempos de guerra, houve um cancelamento praticamente completo das atividades esportivas. Neste momento, estão suspensos quase todos os campeonatos nacionais (com exceção de Belarus), competições internacionais de futebol, a Fórmula 1, os esportes americanos e o UFC. Assim como os Jogos Olímpicos, a Copa América e Euro 2020 foram adiadas para 2021.