Ostapenko conversa com Daiane durante o treino de ontem. |
Atenas – Pelas palavras do ucraniano Oleg Ostapenko, na saída do treino de ontem das garotas da ginástica artística no Indoor Hall de Atenas, o mistério sobre o joelho direito de Daiane dos Santos continua. “Não estou muito tranqüilo, nem muito preocupado”, afirmou o treinador da equipe brasileira.
Daiane revelou que o trabalho de ontem foi mais leve, mas com a série completa da coreografia, ao som de “Brasileirinho”, que apresentará na competição olímpica. “Está um pouquinho doloridinho, porque a gente está trabalhando bastante. Mas está tranqüilo, tudo normal”, garantiu a ginasta.
A questão das dores que Daiane passou a sentir ainda em Kiev, na Ucrânia, onde a equipe fez sua aclimatação antes de seguir para a Grécia, foi motivo de preocupação, pela recente cirurgia e pelo pouco tempo para recuperação. Além da mudança na marca dos aparelhos, o que de acordo com a ginasta Caroline Molinari faz diferença. Como o tablado do solo, a especialidade de Daiane, é novo, também é mais duro no impacto das articulações (a gaúcha treinou cair apoiando praticamente apenas o pé esquerdo e chegou a chorar de dor antes de dizer que agora está bem melhor).
Ainda segundo Oleg, está tudo correndo dentro da normalidade. Mas depois do treino de ontem – aberto apenas aos fotógrafos e por cinco minutos -, o treinador ucraniano comentou: “Nestes poucos dias acho que a Daiane pode chegar a uma boa forma. Ela já mostrou que está normal. Tem dor, mas já pode treinar.”
Com apenas 15 anos, Laís de Souza é a caçula de toda a delegação brasileira em Atenas e vem agradando ao técnico Oleg, que elogia a garota dizendo que é a grande revelação da ginástica brasileira. “Ele acredita na gente. É muito difícil que alguém nos olhe e fale que a gente pode chegar lá”, contou a atleta.