Oito brasileiros entre os 24 melhores do WQS

Uma disputa 100% verde-amarela fechou o dia de boas ondas de 6 a 8 pés (2 metros) de altura em Les Bourdaines, Seignosse, na França.

Nela, o pernambucano Paulo Moura conquistou sua segunda vitória no dia em que o Brasil avançou com maioria para a quarta rodada do Rip Curl Super Series. Um total de oito brasileiros está entre os 24 melhores surfistas da etapa mais importante do WQS, a única que oferece 150.000 dólares em prêmios e vale 3.000 pontos no ranking que classifica quinze surfistas para o ASP World Championship Tour (WCT). O líder Adriano de Souza realizou a melhor apresentação da quinta-feira de céu nublado.

Das oito baterias da quarta fase, só a primeira não terá participação brasileira. O primeiro a garantir classificação foi o paranaense Peterson Rosa, que despachou o australiano Drew Courtney e o sul-africano Royden Bryson para garantir a segunda colocação na disputa vencida pelo norte-americano campeão do Hang Loose Pro Contest em fevereiro nos tubos da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha (PE), Bobby Martinez.

Duas baterias depois, o campeão brasileiro Renato Galvão conquistou a primeira vitória verde-amarela na terceira fase, derrotando até um top do WCT, Toby Martin, que passou em segundo lugar superando o também australiano Leigh Sedley e o inglês Russell Winter. Na disputa seguinte, quase que o Brasil emplaca a segunda dobradinha vitoriosa. A primeira veio com o pernambucano Paulo Moura e o cabo-friense Victor Ribas, que estrearam passando juntos no último confronto da segunda rodada, eliminando o baiano Wilson Nora e o espanhol Pablo Gutierrez.

Melhor

O paulista Adriano "Mineirinho" de Souza fez a parte dele, arrancou uma nota 9 em sua melhor onda e fechou o placar da vitória com a maior pontuação do dia: 16,93 pontos. O niteroiense Guilherme Herdy também fez bonito numa boa onda e recebeu 8,33 pontos, mas acabou sendo barrado pelo australiano Daniel Ross, que tirou uma nota 8,57 e garantiu o segundo lugar com uma incrível diferença de um centésimo: 15,34 x 15,33 pontos. O também australiano Kirk Flintoff, integrante da elite mundial do WCT, terminou em último com 12,20 pontos.

Na disputa seguinte, foi a vez de um norte-americano impedir uma segunda dobradinha verde-amarela na quinta-feira. A bateria foi mais fraca de ondas e o catarinense James Santos surpreendeu os favoritos, passando em primeiro lugar mesmo somando apenas 11,24 pontos em suas duas melhores ondas. Na briga pela segunda vaga, Shaun Ward levou a melhor ao marcar 10,16 pontos, contra 9,23 do carioca Marcelo Trekinho e 9,10 do português Tiago Pires, que também foi eliminado da competição.

Invicto

Depois, o carioca Raoni Monteiro terminou em último na sétima bateria e na nona três brasileiros entraram para disputar apenas duas vagas, com o carioca Pedro Henrique mais uma vez se destacando nas ondas de Les Bourdaines. Em sua apresentação na quarta-feira, Pedrinho estabeleceu os recordes do Rip Curl Super Series com a nota 9,6 recebida em sua melhor onda e os 18,10 pontos de 20 possíveis que totalizou na vitória sobre três australianos, inclusive o vice-líder do ranking, Shaun Cansdell.

Só Brasil

Já no último confronto do dia, a disputa foi 100% brasileira. O pernambucano Paulo Moura conquistou sua segunda vitória na quinta-feira com 12,66 pontos. O gaúcho Rodrigo Dornelles já tinha tirado a maior nota da bateria (7,17), mas só ganhou a briga pela última vaga para a quarta fase do Rip Curl Super Series em sua última onda, quando conseguiu 4,17 pontos para superar o carioca Yuri Sodré por 11,34 x 10,87 pontos. O catarinense Diego Rosa, que vinha de uma bela vitória na penúltima bateria da segunda fase, não achou as ondas desta vez e ficou em último lugar com somente 5,03 pontos.

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