A divulgação do novo escândalo envolvendo Rebeca Gusmão – além de investigada por dois casos de excesso de testosterona na urina, a atleta responderá por manipulação de amostras de exame antidoping – aumenta a curiosidade sobre como os materiais de análise são coletados e se há possibilidade de erro por parte do laboratório. ?Não digo que é impossível, mas até hoje nunca se provou erro de troca de amostras por parte de um laboratório?, afirma o presidente da Comissão Médica de Doping da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), Eduardo De Rose.
O médico explicou o procedimento. ?O atleta é notificado de que foi requisitado para exame e conduzido por uma escolta até a sala antidoping, onde fica o oficial de controle. Quando tem vontade de urinar, avisa e vai ao banheiro supervisionado por acompanhante do mesmo sexo, cuja função é garantir a origem do material.
Coletada a urina, o esportista deixa o banheiro e vai até o oficial de controle. Na frente dele, preenche os frascos que serão enviados ao laboratório. Os vidros são lacrados e recebem a assinatura do atleta. Cada frasco ganha um número. Na hora da análise da amostra, o laboratório nunca sabe a quem pertence o material.