A construtora Odebrecht, responsável pela construção do Itaquerão, confirmou os nomes dos dois trabalhadores que morreram nesta quarta-feira no acidente que aconteceu no canteiro de obras do estádio do Corinthians. As vítimas foram Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, que era motorista, e Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, que era montador.
A nota conjunta de Odebrecht e Corinthians informa que “o guindaste, que içava o último módulo da estrutura da cobertura metálica do estádio, tombou provocando a queda da peça sobre parte da área de circulação do prédio leste – atingindo parcialmente a fachada em LED”. E, ainda segundo o comunicado, “a estrutura da arquibancada não foi comprometida”.
A construtora ressaltou, na nota oficial, que era “a 38ª vez que esse tipo de procedimento realizava-se na obra e uma peça de igual proporção foi instalada há pouco mais de uma semana no setor Sul do estádio”. E também avisou que “no momento, todos os esforços estão concentrados para oferecer assistência total às famílias das vítimas”.
A informação oficial, tanto do clube quanto da construtora, é de que o acidente desta quarta-feira provocou duas vítimas fatais – inicialmente, o Corpo de Bombeiros chegou a noticiar três mortes, mas corrigiu o erro logo depois – e não deixou nenhum ferido. O Corinthians, inclusive, já decretou luto de sete dias pelos trabalhadores mortos.
A construção do estádio é um antigo sonho do Corinthians. O Itaquerão começou a ser erguido em maio de 2011, com um orçamento de R$ 820 milhões. O local é a sede de São Paulo na Copa de 2014 e receberá seis jogos, incluindo a abertura. As obras seriam entregues até o final de dezembro, mas, com o acidente desta quarta-feira, deve haver atraso.