Mesmo com a liberação da primeira parcela do financiamento realizado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – R$ 26,2 milhões do total de R$ 131,1 milhões -, no início de janeiro, a evolução das obras da Arena da Baixada segue em ritmo lento. Em relação aos estádios que estão mais atrasados para receber jogos da Copa do Mundo do ano que vem, o palco atleticano foi o que menos evoluiu e poderá, nas próximas semanas, à medida que os outros estados divulguem um novo balanço do andamento das obras, ser o estádio mais atrasado para o Mundial de 2014.
De acordo com as atualizações mais recentes, a Arena da Baixada apresenta a menor evolução entre os dez estádios ainda em obras nestes dois meses de 2013. Depois de avançar apenas 2% no período de outubro a dezembro do ano passado, o estádio atleticano evoluiu 1% em janeiro e chegou à marca de 55,82%, segundo balanço divulgado no final do mês passado, quando membros da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) realizaram visita de inspeção no estádio atleticano.
A Arena Pantanal, em Cuiabá, que tinha 55% das obras concluídas no final do ano passado, com 700 trabalhadores atuando no canteiro de obras em dois turnos, atingiu a marca de 62% da reforma concluída no final de janeiro. O estádio Beira-Rio, em Porto Algre, avançou 3% nos últimos 30 dias, ultrapassou a Arena da Baixada e chegou a 58% da reforma total.
A Arena da Amazônia, em Manaus, que atingiu 53% da conclusão das obras no final de janeiro, prometeu avançar mais 4% até o final de fevereiro. Com 1.800 operários trabalhando em dois turnos na construção do estádio, a expectativa é que a evolução das obras chegue a 57% até o final desta semana. Por último, a Arena das Dunas, em Natal-RN, que no final de 2012 tinha 50% das obras concluídas, já atingiu 53,67% em janeiro e espera fechar fevereiro com 58%, pelo menos. Segundo as informações dos gestores das obras do estádio potiguar, um novo balanço será divulgado quinta-feira, mas a expectativa é que haja um avanço substancial, pois há 1.600 homens atuando na obra.
Aliás, o número de trabalhadores operando em canteiros de obras também ameaça deixar a Arena da Baixada na lanterna dos estádios em construção. Oficialmente, há 600 operários em ação no Joaquim Américo. Mesmo assim, é o que tem o menor contingente. Só a Arena Pantanal, por exemplo, tem 100 funcionários a mais e, partir de março, contará com 1.000 operários.
Na semana passada, técnicos do BNDES realizaram a primeira visita técnica na Arena da Baixada depois que o clube recebeu a parte do financiamento. Como as obras do estádio atleticano estão divididas em parte nova e parte antiga, para que a CAP S/A consiga receber a segunda parcela do financiamento, a instituição exige que o setor novo do estádio atinja 30% da obra concluída. Esse percentual hoje estaria em 25%, segundo informações extraoficiais, já que a CAP S/A há tempos não divulga um balanço das obras.