Apesar de já ter manifestado a vontade de concluir a instalação do teto retrátil da Arena da Baixada logo depois da Copa do Mundo, o Atlético ainda não formalizou o pedido junto à Secretaria Municipal de Urbanismo para iniciar as obras. Isso só deve acontecer, segundo o presidente Mário Celso Petraglia, em um prazo de noventa dias. Além disso, o clube prepara uma série de melhorias no estádio e corre contra o tempo para finalizar algumas frentes de trabalho que não ficaram prontas a tempo do
Mundial.
“O teto retrátil estará instalado em noventa dias. A estrutura está pronta, mas a Fifa não permitiu que instalássemos e nem tínhamos dinheiro para isso. Por isso estamos buscando alternativas de receita para poder realizar. Com isso, logo nosso torcedor poderá ter acesso a grandes shows e mega eventos que a Arena vai receber depois que a instalação do teto retrátil estiver concluída”, disse o presidente atleticano em entrevista à rádio oficial do clube.
Ao mesmo tempo
Segundo o secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro, seria interessante para o município que as obras para a colocação do teto retrátil acontecessem o mais breve possível, coincidindo com o início das obras de revitalização da Praça Afonso Botelho. “O Atlético só manifestou o interesse de iniciar a colocação do teto verbalmente, através do engenheiro Luiz Volpato. Eles precisam protocolar para que a prefeitura possa providenciar o bloqueio das ruas que cercam o estádio para que os guindastes coloquem as peças do teto retrátil nas roldanas que já estão instaladas”, detalhou Cordeiro.
Mudanças
Ainda antes de reabrir oficialmente a sua casa ao torcedor atleticano, o Atlético deverá fazer algumas mudanças estruturais na Arena da Baixada. A fachada do estádio, que durante a Copa do Mundo recebeu um painel da Fifa alusivo ao Mundial, poderá receber um telão de led. O departamento de marketing do Furacão está negociando com a Panasonic a colocação da estrutura, que dará outra cara ao remodelado estádio atleticano.
Além da fachada, o clube está trabalhando para concluir o prédio de imprensa de seis andares, que fica anexo ao estádio e que terá entrada pela Rua Brasílio Itiberê, esquina com a Rua Madre Maria dos Anjos. A estrutura deveria ter ficado pronta para a Copa do Mundo, mas o atraso nas obras fez a Fifa descartar o espaço de utilização da imprensa, que ficou concentrada em uma tenda de alta tecnologia, instalada no estacionamento do estádio. O clube ainda não definiu se somente a imprensa utilizará o prédio ou outras áreas do clube serão instaladas no local.
Areninha
A Areninha, que servirá para abrigar outros esportes e eventos menores, deverá ser construída no local onde fica o estacionamento do estádio, mas somente a partir do ano que vem. Sem o fosso, o clube deverá providenciar a instalação de uma proteção de acrílico em volta de toda arquibancada para dificultar a invasão de torcedores durante os jogos. De acordo com o coordenador-geral estadual da Copa do Mundo, Mário Celso Cunha, as tribunas de imprensa instaladas para o Mundial deverão dar lugar a novas cadeiras no Joaquim Américo. “A tribuna deverá ser retirada e mais cadeiras deverão ser colocadas. A Areninha deverá ser construída onde fica a entrada da Brasílio Itiberê, onde antes ficavam as casas que foram desapropriadas”, concluiu Cunha.