Obra da Arena da Baixada foi a que menos evoluiu

Os debates em torno do potencial construtivo para financiar as obras de adequação da Arena da Baixada, que tomaram praticamente todo o ano de 2012, tiveram seu custo ao estádio. Entre os 12 escolhidos para sediar jogos da Copa do Mundo do 2014, o patrimônio do Atlético foi o que menos avançou no canteiro de obras. Desde que a CAP S/A – empresa criada para gerenciar o orçamento e a reconstrução da Arena – passou a liberar a medição, o que ocorreu em junho deste ano, as obras evoluíram só 9%. Saíram de 45% para 54%, o que deixa o estádio rubro-negro em último lugar no ranking de progresso das obras para o Mundial.

Isso fortalece a apreensão de que, mesmo com dinheiro, e que deve começar a ser liberado pelo BNDES a partir de janeiro de 2013, a CAP S/A não consiga concluir a Arena da Baixada até dezembro do ano que vem. Para que isso ocorra, ela deverá entrar no mesmo ritmo empreendido pelo Castelão e pelo Mineirão, que foram inaugurados recentemente e cujas obras avançaram praticamente 50% em 2012. Significa que, nos 12 meses do próximo ano, a evolução média das obras no estádio rubro-negro deverá ser de aproximadamente 4% ao mês. Para isso se materializar, o estádio precisará ter pelo menos 1.500 operários no canteiro de obras, revezando-se em três turnos, e contando com a sorte de que Curitiba seja menos chuvosa do que normalmente é, principalmente no outono e no inverno.

Segundo o Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia) pôr homens para trabalhar é o requisito básico para os estádios que estão com as obras atrasadas, como são os casos da Arena da Baixada, da Arena Pantanal, em Cuiabá, que avançou 20% em 2012, e da Arena Amazônia, que também evoluiu 20% neste ano. Já a Arena das Dunas, em Natal – estádio que praticamente saiu do zero em 2012 – teve um progresso significativo de 35%, com as obras saindo de 15% para 50%. O mesmo se deu com o Beira-Rio, que progrediu 21% este ano (de 31% a 52%).

Próximas inaugurações

Em 2012, o estádio que teve as obras mais aceleradas foi o Mineirão. No início do ano, a sede de Belo Horizonte estava em 40% e atingiu 100% da execução em dezembro. Outro que teve um avanço significativo foi a Arena Pernambuco. O palco de Recife para a Copa saiu de 22% para 77% – evoluiu 55%. Já o Castelão, que começou o ano com 50% das obras concluídas, avançou mais 50% e foi o primeiro estádio a ficar pronto para a Copa.

Em 2013, o primeiro a ser inaugurado tende a ser a Fonte Nova, que avançou 50% no ano passado e está com 85% de sua construção já pronta. Em seguida, virá o Mané Garrincha, em Brasília, que está com 84% das obras finalizadas e teve um progresso de 50% em 2012. Já o Maracanã, que será palco das finais da Copa das Confederações e do Mundial, hoje está com 80% do projeto executado e progrediu 32% em relação ao início do ano. O avanço foi menor que o do Itaquerão, que começou 2012 com 20% das obras prontas e entra em 2013 com 60%.

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