Objetivo do Paraná Clube é manter a invencibilidade

Três anos e meio depois, o Paraná Clube pode chegar à marca de dez jogos de invencibilidade. O clube não vivia um momento como esse desde o Paranaense de 2006. O time dirigido por Luiz Carlos Barbieri fechou o estadual com o título e uma série de doze jogos sem derrota.

O técnico Roberto Cavalo espera concluir seu ciclo nesta Série B em alta. O Tricolor encara o já rebaixado Fortaleza na sexta-feira às 21h e um resultado positivo, aliado a um tropeço da Ponte Preta frente ao Duque de Caxias, vale ao representante paranaense a 7.ª colocação.

“Vamos em busca desse objetivo. É pouco para a grandeza do Paraná, que deveria estar brigando pelo acesso. Mas, foi o que nos restou e vamos atrás dos três pontos”, destacou Roberto Cavalo, que espera definir ao longo desta semana a renovação de seu contrato para 2010.

Contratado em meados de setembro, comandou o Tricolor em catorze jogos até aqui, com aproveitamento de 57,14%. Deu ao time uma nova postura, em especial nos jogos fora de casa, onde não perdeu um sequer: três vitórias e quatro empates.

Prestes a completar vinte anos de existência, o Tricolor já emplacou esta marca por dezoito vezes, sendo que a dobrou uma vez e passou perto em duas outras. O recordista disparado continua sendo o time de 1993. Comandado por Levir Culpi, chegou à marca de vinte jogos sem derrota na disputa do Campeonato Paranaense.

Os resultados mais significativos ocorreram em competições estaduais, aproveitando a hegemonia do Paraná na década de 90. Em Brasileiros, o clube chegou no máximo a treze jogos de invencibilidade, sempre na Série B, em 1991 e em 2000 (Copa João Havelange).

Roberto Cavalo seria o 12.º treinador a conduzir o Paraná em uma sequência invicta de dez ou mais jogos. Entraria, assim, num lista que conta com Otacílio Gonçaves (foram seis séries invictas), Rubens Minelli (3), Sérgio Ramirez, Levir Culpi, Geninho, Paquito, Sebastião Lazaroni, Cláudio Duarte, Márcio Araújo, Lori Sandri e Luiz Carlos Barbieri.

“É claro que a gente deve ser avaliado por trabalho e não apenas resultados. Mas, números positivos sempre fazem bem para o nosso currículo”, lembrou Cavalo, que por seu trabalho no Tricolor já recebeu algumas sondagens de clubes das três divisões nacionais.

Em sua trajetória no Paraná, Cavalo só lamenta não ter chegado um pouco mais cedo ao clube. A rigor, sob sua direção, o Tricolor só teve três deslizes, todos eles em casa: um empate com o Juventude (na sua estreia) e derrotas para Figueirense e Portuguesa.

Porém, mesmo que tivesse obtido resultados positivos nesses jogos, ainda assim não conseguiria o acesso. Reflexo do rendimento impecável dos quatro primeiros colocados, o que elevou o número mínimo de pontos para garantir vaga no G4. Até aqui, a pontuação máxima do 4.º colocado era 63. Na atual edição, com mais uma rodada a ser disputada, o Atlético Goianiense já totaliza 65 pontos.

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