A OAS confirmou que vai construir a arena do Grêmio no bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre, mesmo que ainda não tenha as licenças ambientais e nem parte dos recursos necessários à obra, que busca no mercado financeiro. Em carta enviada à diretoria do clube na terça-feira, a empresa ratificou a disposição de manter o projeto. Um acordo entre as duas partes admitia a discussão de alternativas se não houvesse sinalização de financiamento até 5 de março deste ano.
Tanto a OAS Empreendimentos, o braço da empresa que trata da arena do Grêmio, quanto o clube entendem que o projeto está andando bem. A construtora dispõe de 55% dos R$ 400 milhões necessários à obra do estádio e busca financiamento dos 45% restantes com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O diretor da OAS Empreendimentos, Carlos Eduardo Paes Barreto Neto, disse que a negociação está “bem evoluída” durante entrevista coletiva com diretores do Grêmio, nesta quarta. A prefeitura de Porto Alegre promete emitir as licenças para a construção nas próximas semanas. A perspectiva é que a obra comece em julho e fique pronta em dezembro de 2012.
Segundo o presidente da Grêmio Empreendimentos, Adalberto Preis, o novo estádio terá capacidade para 52,5 mil espectadores distribuídos em três anéis de arquibancadas e um de camarotes, todos cobertos. Como contrapartida pela construção, o clube entregará à empresa o atual área do estádio Olímpico, no bairro Azenha. A OAS vai construir dois conjuntos de prédios residenciais, um no terreno que vai receber do Grêmio e outro ao lado do novo estádio, e também um hotel, um shopping center e um centro de convenções no bairro Humaitá. O investimento em todo o projeto é estimado em R$ 1 bilhão.
Quando a arena estiver pronta, suas atividades serão gerenciadas por uma empresa formada pelos dois parceiros, a Arena Porto-Alegrense, que repassará ao Grêmio R$ 7 milhões por ano e mais todo o lucro líquido ajustado, durante sete anos, e R$ 14 milhões por ano e mais 65% do lucro líquido ajustado por mais 13 anos. Depois de 20 anos de uso, o estádio passa à gestão do clube.
