Campeão do mundo pela Espanha em 2010, Carles Puyol estará no Maracanã neste domingo para entregar a taça da Fifa ao vencedor da final entre Alemanha e Argentina. Escolhido para ter essa honra ao lado da modelo brasileira Gisele Bündchen, o agora ex-zagueiro ressaltou que o maior objeto do desejo dos jogadores de futebol de todo mundo “estará em boas mãos”, independentemente de quem levar a melhor neste confronto.
Em entrevista ao site da Fifa, publicada neste domingo, Puyol lamentou a campanha historicamente ruim dos espanhóis neste Mundial, no qual foram eliminados de forma surpreendente já na primeira fase, mas mostrou conformismo com a situação. “Claro que o ideal teria sido com a minha seleção na final, mas infelizmente não foi assim. Temos que aceitar as coisas como elas são. As duas seleções que estão aqui (na decisão) têm todos os méritos, por isso o troféu ficará em ótimas mãos, seja quem for o vencedor. Será um título muito merecido”, afirmou.
Ao ser questionado sobre o que significa para ele entregar o troféu ao mais novo campeão mundial, o ex-jogador enfatizou que será “uma honra”. “Do mesmo modo que nunca imaginei ter uma carreira como a que tive, vivendo o sonho de milhões de meninos e fazendo o que mais gosto, tampouco pensava que o ponto final da minha trajetória esportiva seria entregando o troféu ao campeão da Copa do Mundo. Sou muito grato à Fifa por ter pensado em mim. Já havia tido a sorte de vivenciar e jogar a final de um Mundial, mas é sempre impressionante entrar em um estádio cheio. Por isso, embora seja diferente, já estou um pouco nervoso”, revelou.
Já ao comentar sobre essa Copa do Mundo, Puyol revelou espanto com a humilhante goleada de 7 a 1 aplicada pela Alemanha sobre o Brasil na semifinal, assim como apontou a Costa Rica como a grande surpresa da competição.
“Perdi pouquíssimos jogos e o que mais me chamou atenção foi o equilíbrio, com todas as equipes se respeitando muito. Só não vimos esse equilíbrio na semifinal entre Brasil e Alemanha, e o resultado, pelo menos para mim, foi totalmente inesperado. Inclusive na partida entre Espanha e Holanda (que goleou por 5 a 1), o primeiro tempo foi equilibrado. Quanto às seleções, se tivesse que destacar uma, seria a Costa Rica. Não esperava que fosse chegar tão longe”, disse, para em seguida fazer elogios aos colombianos, eliminados pelo Brasil nas quartas de final.
“A Colômbia, por exemplo, não foi uma surpresa para mim, porque desde antes do torneio achava que ela tinha uma ótima equipe, mesmo sem Falcao. E jogador, o que mais me surpreendeu foi James Rodríguez. Ele fez um excelente Mundial, demonstrando ter muita personalidade, apesar de ser tão jovem”, destacou.