Foto: Arquivo |
Hoje é o dia da largada oficial do Pan do Brasil. continua após a publicidade |
Oito anos depois da indicação, enfim começam hoje, no Rio de Janeiro, os XV Jogos Pan- Americanos. Quarenta e quatro modalidades serão praticadas nos dezessete dias de competição (na verdade, dezoito, porque o futebol começou ontem) em dezenas de praças esportivas – algumas novas, outras revitalizadas.
O Brasil recebe as outras nações das Américas sabendo que está sendo avaliado, tanto dentro quanto fora dos campos, quadras, piscinas e raias. A festa de abertura começa às 17h, no Maracanã.
A cerimônia foi ensaiada diversas vezes (a última, na quarta) e a promessa é que dê tudo certo. Noventa mil pessoas devem assistir à festa, e sete mil trabalharão para que não haja problemas. As estrelas serão – além dos atletas, claro – os cantores Arnaldo Antunes e Adriana Calcanhoto e a miss Brasil Natália Guimarães. A grande surpresa deve ser o responsável por acender a pira pan-americana. Especula-se que seja um jogador de futebol (Pelé? Romário? Ronaldo?).
O maior desafio brasileiro é administrar a monstruosa infra-estrutura de uma competição deste porte. Até ontem, ameaças de policiais, traficantes, oposicionistas e controladores de vôo causavam preocupação a quem está ou vai para o Rio.
Certo é que os locais dos jogos, por mais que sobre eles recaiam as mais profundas suspeitas, estão prontos para o evento. O estádio João Havelange, a Arena Olímpica e o Parque Aquático Maria Lenk são espaços raros na derrubada estrutura esportiva brasileira. Resta saber se continuarão tão bonitos no futuro, e se serão usados, como no sonho das autoridades políticas e desportivas, na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016.
Nos esportes, a expectativa é de um recorde de medalhas e da sonhada terceira posição geral – apesar do ufanismo dos últimos dias, ninguém se arrisca a dizer que o Brasil terminará o pan na frente de Estados Unidos e Cuba. Mas é grande a possibilidade de ficarmos à frente do Canadá.