O técnico do São Paulo, Edgardo Bauza, voltou a defender nesta sexta-feira o estilo pragmático de atuar da equipe. O argentino disse não se importar em ganhar os jogos com ampla vantagem de gols ou com atuação convincente, mas sim com uma equipe organizada, nem que isso signifique vencer os adversários por contagens mínimas.
“O que me interessa é ganhar, se for meio a zero está tudo bem. São três pontos, não tem problema. É claro que eu quero melhorar isso, a equipe tenta ser mais ofensiva quando tem a bola, mas eu pretendo ter uma equipe equilibrada, com ataque e defesa”, explicou o argentino em entrevista coletiva no estádio do Morumbi, local da partida deste sábado contra o Atlético-PR, pelo Campeonato Brasileiro.
O São Paulo treinou no local nesta sexta-feira para se preparar para o confronto com o Atlético-PR, neste sábado, pelo Campeonato Brasileiro. O discurso de futebol efetivo do argentino se aplica à campanha da equipe na competição. Em seis rodadas, foram cinco gols marcados. A equipe pelo menos conta com o retorno de Calleri à partida, após ausência de quatro rodadas.
Bauza disse não se preocupar com críticas ao rendimento ofensivo do São Paulo e contou estar acostumado com o tema. “Eu já era mal interpretado quando treinava o San Lorenzo, mas fui campeão da América. Isso não me importa. Quero uma equipe competitiva. Minha equipe tem de ser ofensiva com a bola e saber como se defender dos rivais”, afirmou o argentino, bicampeão da Libertadores.
O treinador admitiu a dificuldade para escalar o time para as próximas rodadas por ter alguns desfalques por lesão, como os volantes Hudson e Wesley, mais o meia Michel Bastos e os laterais Carlinhos e Mena. “O Brasil é o único lugar do mundo em que se joga 80 partidas por ano. Nossos atletas não conseguem manter o mesmo rendimento. É a primeira vez que temos tantos lesionados na equipe, é resultado de tantas partidas”, comentou.