O marketing está nas pistas da Stock Car

Além de ser a categoria mais importante (e badalada) do automobilismo brasileiro, a Copa Nextel Stock Car, que começa a sua decisão amanhã, às 11h, no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, é uma competição com forte presença do marketing esportivo.

As equipes e os pilotos sabem que, além do que acontece na pista, há muito mais em volta. E uma prosaica foto oficial, com os dez pilotos que vão lutar pelo título de 2008, torna-se uma “aula prática” de entendimento da categoria.

Terminado o treino livre da tarde de ontem (ver abaixo), o locutor oficial da Stock começou a anunciar: “Atenção, pilotos do playoff. Por favor, comparecer para a foto na pista”.

Os carros, então, davam lugar aos pilotos, seus assessores, os fotógrafos e a grande equipe de organização da categoria – além da reportagem de O Estado, que acompanhou a preparação da cena.

Os pilotos demoraram um pouco – era a hora das primeiras impressões com os mecânicos e engenheiros. “Atenção, pilotos”, bradava o locutor. Alceu Feldmann, o único piloto paranaense na decisão, driblou todo mundo e apareceu na pista.

Quando ele chegou, estavam lá Popó Bueno, Thiago Camilo, Marcos Gomes, Ricardo Maurício, Átila Abreu, Allam Khodair e Giuliano Losacco. “Alô, Valdeno!”, chamou o locutor. E apareceu Valdeno Brito.

Só faltava o atual bicampeão, Cacá Bueno. “Atenção, Cacá, olha a foto.” “Espera que o Cacá foi trocar de macacão.” “Mas ele já estava chegando.” Antes que a discussão aumentasse, o piloto apareceu. Todos perfilados, na ordem do playoff, chegou a hora de foto.

Os fotógrafos tentavam encontrar o melhor ângulo. Assessores por todos os lados nem precisavam falar – os pilotos sabiam que tinham que ficar com o máximo de patrocinadores aparecendo. Primeiro, todos sorrindo. Depois, braços cruzados.

Pronto, acabou. Acabou? Ainda não. Foi a vez da sempre usada formação de time de futebol cinco em pé e cinco agachados. “Faltou o goleiro”, grita um. “Chama o Burti”, responde o outro, fazendo piada com o piloto que perdeu na Justiça a vaga no playoff.

Os dez, animados, brincavam como crianças, fazendo “chifrinho” na cabeça dos outros. O mais baixo, Ricardo Maurício, era o mais visado. “Levanta, Ricardinho”, gritavam para o piloto que já estava de pé.

Aí, chegou um dos coordenadores da Stock. Pediu uma foto especial, ordenando os pilotos como se fossem asas de um avião. Foto feita (ninguém reclamou, muito pelo contrário), o batalhão de assessores imagina que a sessão terminou. Erraram de novo. Acabara, sim, o tempo de fazer fotos na pista. “Atenção, cinco minutos para o treino da Pick-Up”, avisa o locutor. E sai todo mundo da pista.

E vamos para os boxes. Mas, talvez pela pressa, colocaram os pilotos bem na saída dos carros da Pick-Up Racing, que estavam prontos para entrar na pista para o treino livre. A sessão de fotos foi afastada mais alguns metros.

“Cara de mau, cara de mau”, explicava um coordenador de comunicação. E cada um ia fazendo a cara de mau que podia. E os pilotos cumpriam tudo, atentos à importância das fotos elas darão, para muitos jornais e sites, o tom do playoff. E é bom que façam caras de mau, pois a decisão da Stock promete ser quente.

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