Zé Roberto foi um dos grandes jogadores do Coritiba na década de 1970 e apesar de ter atuado por apenas três anos no clube, fez história e foi artilheiro do Verdão. Antes de vir para o Coxa atuou também no rival Atlético. “Eu fui um dos poucos jogadores da história do futebol paranaense a ser ídolo nos dois clubes”, resumiu. Polêmico por extravasar fora do campo, dentro dele era uma maestro e comandava o Coxa com dribles, passes e gols geniais.
Morando atualmente na cidade de Serra Negra, a 150 quilômetros de São Paulo, Gazela diz que quer voltar a Curitiba e relembra com emoção os bons tempos vividos no Alto da Glória. “Os meus maiores feitos, minhas alegrias aconteceram no Coritiba, onde fui artilheiro. O Coritiba mora no meu coração”, relatou.
Sobre a relação vivida com o ex-presidente Evangelino da Costa Neves, Zé Roberto foi só elogios para o chinês. “Sem desrespeitar outros, mas o china foi o maior presidente que o Coritiba já teve. Ele foi me buscar em São Paulo para atuar no Coxa e disseram que eu era um problema. Aí ele disse: ‘tudo bem. Pode ser um problema durante a semana, mas não em dia de jogo'”, salientou não contendo as risadas.
Sobre os problemas com bebida alcoólica, Zé Roberto disse que grande parte é folclore. “Eu gostava de tomar uma cervejinha, e ainda gosto, mas exageraram. Uma vez fui à inauguração da boate de um amigo meu e o Evangelino chegou. Achei que teria problemas, mas ele falou: ‘Zé, vou deixar um uísque pago e depois você vai embora’. Tudo bem eu disse”.
Sobre as glórias no Coritiba, Gazela não se esquece de algumas partidas e gols que marcaram sua passagem no clube. “Em 71 contra o Londrina havia acabado de tirar um gesso do tornozelo e fui para o jogo. Fiz um gol de calcanhar. Contra o São Paulo, em 1972, fiz três da goleada por 4 a 0. Tive muitas alegrias no Coritiba e torço de verdade para o clube e espero que viva mais 100 anos. Um abraço para todos”, concluiu o craque.
Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.
