O Paraná Clube vai, aos poucos, definindo seu elenco para o restante da temporada. Quando formou o grupo para a Série B, às pressas, os dirigentes sempre destacaram a necessidade de se manter uma “reserva técnica”.
Com um início de competição abaixo da crítica e alguns percalços como as saídas de Agenor e Dinelson, esse processo foi antecipado. Ontem, o clube apresentou o volante Rai e o ala Márcio Goiano, que já estão à disposição do técnico Sérgio Soares.
O Tricolor ainda espera a regularização da documentação do atacante Adriano que estava na Turquia para apresentá-lo.
E, além deles, a diretoria trabalha outros dois reforços: o meia Rafinha e o zagueiro Dedimar.
A negociação de Rafinha depende de um acerto com o São Paulo, que exige garantias para a liberação do atleta. Como a delegação do tricolor paulista estava em Porto Alegre, ontem, a transação não evoluiu.
Já em relação a Dedimar, o diretor de futebol Paulo Welter tenta convencer a diretoria do Guaratinguetá a liberar o jogador.
Os reforços já apresentados vivem, agora, a expectativa de receber uma chance no time. Em especial Rai, que garantiu já estar ambientado no novo clube.
“A recepção de todos foi ótima. Já pude conversar com o Sérgio Soares também, que me deu muita força”.
Rai admitiu que tinha algum receio da “fama de durão” do treinador. “Sei que ele cobra muito. E isso é bom. Mas, também é um cara que transmite confiança aos jogadores”. Rai foi revelado na Portuguesa, seu único clube até então.
“Não vinha sendo aproveitado lá. Isso me motivou a sair”. O volante acabou adotando o apelido de seu maior ídolo: o meia Raí. “Desde pequeno, me chamavam de Raizinho. Só que aí, na Portuguesa, o acento acabou caindo e ficou assim mesmo, não tem jeito de mudar: é Rai”, disse o jogador.
Rai admitiu que ficou impressionado com a atuação da equipe diante do Guarani. “O time jogou muito. Isso só dá mais motivação. Sei que vou ter que ralar pra conquistar meu espaço, pois vi um time muito bem servido de volantes”, comentou, numa referência aos titulares Adoniran e João Paulo.
Mais tímido, Márcio Goiano diz estar feliz por estar no Paraná. Após disputar o Paranaense pelo Iraty, o jogador rescindiu seu contrato com o Azulão, ficou treinando em Curitiba, até surgir essa oportunidade.
Contratado através da L.A. Sports, ele teve seu contrato registrado no Avaí e assinou empréstimo até o fim da temporada com o Tricolor. “Creio que preciso de mais uma semana de treinos, depois, estou pronto para brigar por um lugar no time”, finalizou o jogador.
