Ainda não deu pra empolgar. Mas o primeiro real teste de campo do time principal do Paraná Clube serviu para mostrar que o grupo tem potencial para engrenar na temporada 2009. Em especial no setor de meio-de-campo, com o toque refinado de Hernani, Kleber, Gedeon e Lenílson.

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O quarteto, aliás, proporcionou os melhores momentos da equipe titular, em 50 minutos de bola rolando. O torcedor aplaudiu os raros momentos mais agudos da equipe, mas a parte inicial do jogo-treino frente ao Iguaçu, ontem, terminou num 0x0. Na segunda etapa, com jogadores reservas, o Tricolor fez 2 x 0, com dois gols do jovem Osmar.

Cerca de 600 paranistas – além de sócios, o clube liberou cem integrantes da Fúria Independente – estiveram presentes ontem à Vila Capanema. Afinal, era a primeira chance de um contato direto com a nova equipe formada para 2009. Não fosse a ausência do uniforme azul, vermelho e branco, o clima era de jogo. Ao menos para a torcida, para os ambulantes e até mesmo para o Iguaçu, que colocou seu uniforme principal e “endureceu” o jogo para o time de Paulo Comelli.

Em ritmo de treino e sob os efeitos de uma maratona de atividades físicas, o time iniciou o treino priorizando o toque de bola. E foi essa a rotina do primeiro tempo. O Paraná cadenciou o treino e trocou a velocidade pelas tabelas.

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Foi num lance assim, logo aos 5 minutos, que Gedeon apareceu na área e chutou para a defesa do goleiro Leandro. A bola ainda tocou no travessão, agitando a galera tricolor. Pouco depois, num chute cruzado de Abuda, Wellington Silva não conseguiu empurrar para a rede.

Abuda, aliás, perderia outras duas chances. O ataque formado por Abuda e Wellington Silva se ressentiu da falta de entrosamento. Algo previsível, diante da total reformulação do elenco. O “novo” Tricolor tinha apenas dois remanescentes da temporada passada.

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O Iguaçu só levou perigo num tiro de fora da área de Robson. As demais ações do time de União da Vitória pararam na bem postada defesa tricolor, sempre protegida pelo “capitão” Hernani.

Somente na reta final do treino, o meio-de-campo “se soltou”. Aos 36 minutos, após inversão de Kleber, Lenílson tocou de calcanhar para Murilo, que isolou. No lance seguinte, mais uma vez Lenílson rolou para Kleber, mas o volante chutou pra fora.

No finalzinho, após triangulação dos meias, Gedeon chutou forte, mas pela linha de fundo. “Falta muita coisa. Principalmente ritmo. Foi apenas o segundo contato com a bola e o time mostrou que tem qualidade. Mas há muito o que melhorar”, analisou o meia Gedeon.