Depois de perder os Jogos Olímpicos de 2020, entre outro motivos, por conta de não resolvidos escândalos de doping, a Espanha viu nesta quinta-feira mais dois casos de doping serem confirmado. Segundo a federação local de atletismo, dois atletas do país foram reprovados em testes por conta do uso de substâncias dopantes e estão temporariamente suspensos.
De acordo com a imprensa espanhola, um desses atletas é Sergio Sánchez, campeão espanhol dos 5.000 metros, e que testou positivo para uma substância não revelada exatamente no campeonato nacional, em julho. Em agosto, o ex-recordista europeu dos 3.000m em pista coberta parou nas eliminatórias dos 5.000m no Mundial de Moscou.
A agência espanhola antidoping (AEPSAD, na sigla em espanhol), porém, revelou apenas que dois atletas estão suspensos, sem especificar seus nomes. Ainda segundo a imprensa espanhola, o outro atleta seria Alberto Lozano, engenheiro químico que defendeu a Espanha no Mundial de Cross Country, no ano passado. Alberto é irmão gêmeo de Álvaro Lozano, preso numa operação da polícia espanhola, em junho, que desarticulou a importação de substâncias dopantes no país.
O Campeonato Espanhol de Atletismo foi o primeiro grande torneio em que a AEPSAD fez o controle antidoping, resultado de uma reformulação na política local contra o doping no esporte. Isso aconteceu depois de um caso de repercussão, em que bolsas de sangue que comprovariam um grande esquema de doping na Espanha não chegaram até as autoridades esportivas por decisão da justiça espanhola, alegando que não havia legislação que autorizasse isso.
O escândalo, segundo membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi um dos motivos que fez Madrid ser eliminada na primeira rodada da eleição para a sede dos Jogos Olímpicos de 2020, realizada na semana passada.