Ocimar Bolicenho é o novo diretor de futebol do Atlético. Pode parecer estranho pra torcida rubro-negra, afinal, ele foi presidente do rival Paraná Clube. Mas com sua experiência, ele pode ajudar o Furacão a sair da situação vexatória em que se encontra hoje.

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Ocimar começou sua carreira no futebol em 1986, quando foi convidado a integrar o conselho diretor do extinto Pinheiros, na segunda gestão de Érton Coelho Queiroz.

No ano seguinte, já trocava o setor de imprensa pelo do futebol. E como diretor viu seu time conquistar o Paranaense de 1987. Bolicenho também participou ativamente da fusão com o Colorado, que em dezembro de 1989 daria origem ao Paraná Clube.

Politicamente influente, foi logo nomeado “assessor” do presidente Aramis Tissot na primeira gestão do novo clube. No biênio seguinte (1992-93), como vice-presidente eleito, trabalhou na formação do time que subiria à primeira divisão com apenas três anos de existência.

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Porta aberta para, na próxima eleição (naquele momento, sem voto direto do associado) assumir a presidência do Paraná Clube. Era visto como um dirigente arrojado – para alguns, mais conservadores, até demais – e empreendedor.

Tinha como objetivo colocar o Tricolor como uma das forças do Sul, respeitado no cenário nacional. Foi com essa ideia que Ocimar foi buscar Vanderlei Luxemburgo para dirigir a equipe no Brasileirão de 1995.

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O fato gerou, à época, uma discussão interna, já que os conservadores achavam que o Paraná estava dando “um passo maior que as pernas”. Ocimar sempre mostrou, em números, que não foi na sua gestão que o clube começou a naufragar em dívidas.

“O Vanderlei custou muito pouco ao Paraná e, quando saiu, ainda ficamos com o passe do Gil Baiano, como compensação oferecida pelo Palmeiras”, recorda o ex-presidente.

Bolicenho se afastou em 1996 e só voltou ao Paraná em 2000, para assumir o cargo de superintendente de futebol. Então remunerado, era o início de sua carreira como profissional do futebol. Foi sob o seu comando que o Tricolor conquistou o Módulo Amarelo da Copa João Havelange, em 2000. Porém, dois anos depois, encerrou seu ciclo no Paraná.

Seguiu, desde então, apenas como conselheiro e chegou a presidir o Conselho Normativo do Paraná (do qual fazem parte os ex-presidentes do clube), até retomar a carreira como “profissional da bola”, ano passado, no Marília. Atualmente estava comandando o departamento de futebol do Santos.