São Paulo – O World Championship Tour (WCT), divisão de elite do surfe mundial, começa hoje, em Gold Coast, Austrália, com o Quicksilver Pro e inovações nos critérios de avaliação do desempenho ideal de um atleta, idealizadas pelo juiz principal (head) da Associação de Surfistas Profissionais (ASP), Perry Hatchett, e o surfista hexacampeão mundial, o americano Kelly Slater.

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 ?O surfista deve executar manobras controladas radicais na seção crítica de uma onda, com velocidade, poder e fluidez, maximizando esse potencial. O surfe inovativo/progressivo e a variedade no repertório de manobras serão levados em consideração ao premiar com pontos as ondas surfadas?, diz o livro de regras da ASP de 2005. As mudanças relevantes são a troca da palavra ?estilo? por ?fluidez? e a inclusão da expressão ?variedade do repertório?. O objetivo é valorizar os surfistas capazes de manobras de alto grau de dificuldade e também os criativos, capazes de executar movimentos diversos ao surfar uma onda. ?O novo critério obriga os 45 melhores do mundo a arriscar mais para ganhar mais?, explica o comunicado oficial da ASP.

?Parece bom?, disse o tricampeão mundial, o havaiano Andy Irons, que luta pelo tetracampeonato. ?Quero ver todo mundo fazendo grandes manobras, não ficar ordenhando (fazendo manobras fáceis) até a praia?, opinou. ?Todo mundo pode fazer grandes manobras hoje em dia, mas o novo critério significa que três grandes manobras vão resultar em notas mais altas?, afirmou o australiano Jake Paterson.

Ao anunciar as mudanças, a ASP usou Peterson Rosa, décimo no ranking de 2004 e melhor brasileiro no WCT do ano passado, como exemplo de atleta que vinha sendo prejudicado ao ser avaliado pelo estilo e não pela fluidez. Quando ainda estava nas categorias de base, Rosa teve o estilo prejudicado por uma contusão, que limita os movimentos do seu pé esquerdo, mas não o impede de executar as manobras com radicalidade e fluidez.

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?Existem estilos diferentes entre os surfistas top 45. Alguns bonitos, outros nem tanto, mas muitos radicais e com manobras doentias. É bem melhor ser julgado por fluidez?, afirmou o brasileiro, que fez um longo período de treinamento na Austrália para garantir um bom início de temporada.

Peterson comanda um grupo de brasileiros que vai lutar para melhorar ainda mais o desempenho do País no WCT. Paulo Moura (PE), Raoni Monteiro (RJ), Neco Padaratz (SC), Marcelo Nunes (RN), Renan Rocha (SP) e Victor Ribas (RJ) já estão com vaga garantida em todas as etapas. Renato Pigmeu e Guilherme Herdy são alternantes, ou seja, aguardam por desistência de algum dos 45 pré-classificados para participar das competições.

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