A Federação Paranaense de Futebol (FPF) tem mais uma vaga aberta em sua diretoria. Ontem, o advogado Vinícius Gasparini pediu e foi exonerado do cargo de diretor administrativo. Seu substituto ainda não foi escolhido pelo presidente Aluízio Ferreira.
Gasparini deixou a diretoria para cuidar apenas das questões jurídicas da FPF. E trabalho é o que não falta para o advogado. Além dos inúmeros processos que a entidade responde, ele também trabalha na defesa de ex-diretores e funcionários que foram presos na terça-feira passada.
A missão mais urgente de Gasparini é tirar da cadeia os ex-diretores Laércio Polanski e José Johelson Pissaia; o presidente do Conselho Fiscal, Carlos Roberto de Oliveira, e os ex-funcionários Marco Aurélio Rodrigues, César Alberto de Oliveira e Vanderlei Manoel Ignácio.
O ex-diretor financeiro da FPF, Cyrus Itiberê da Cunha, preferiu um advogado próprio e contratou Roberto Brzezinski Neto. O mais famoso preso do Centro de Triagem 2, em Piraquara, também abriu mão dos serviços de Gasparini. O ex-presidente Onaireves Moura é defendido pelo advogado Eliezer Castro de Queirós.
Todos eles, além do empresário Roberto Tiboni, foram presos por policiais do Núcleo de Repressão os Crimes Econômicos (Nurce). Eles são acusados de participação em um esquema que teria desviado mais de R$ 5 milhões da FPF.
Na última sexta-feira, a prisão temporária dos nove detidos foi prorrogada pela Justiça por mais cinco dias. Após concluídas as investigações, o delegado-chefe do Nurce, Sérgio Sirino, deve pedir a prisão preventiva dos líderes da quadrilha, inclusive Moura.