Se a idéia era parar Michael Schumacher, o novo regulamento da Fórmula 1 resistiu até a metade da temporada. Ontem, o alemão recolocou as coisas no seu devido lugar e, pela primeira vez no ano, assumiu a liderança do Mundial. Ele venceu o GP do Canadá, oitava etapa do campeonato, e ultrapassou Kimi Raikkonen, da McLaren, na classificação. Foi a 54 pontos, contra 51 do fin-landês. De quebra, tornou-se o primeiro piloto na história a vencer três GPs diferentes seis vezes – além do Canadá, detém a marca na Bélgica e na França.
Foi a quarta vitória do ferrarista na temporada, 68.ª da carreira, a décima da equipe italiana no Canadá. Pelo sistema de pontuação válido até o ano passado, ele teria nove pontos de vantagem sobre Raikkonen, e não apenas três. “É um campeonato diferente, disputado, e sob esse ponto de vista foi o resultado ideal”, comemorou Schumacher. Kimi, que largou dos boxes, terminou em sexto e marcou apenas três pontos.
Schumacher foi o nome do dia numa Montreal que, ao contrário dos dias anteriores, amanheceu com sol e temperatura de 20 graus. Ele largou em terceiro, contou com a rodada de Juan Pablo Montoya, da Williams, na segunda volta, perseguiu seu irmão Ralf durante 20 voltas sempre a menos de 1s de distância, e superou o caçula na primeira bateria de pit stops. Depois, aguentou até o fim a situação inversa, com o mano colado na sua traseira. Ele recebeu a bandeirada 0s784 atrás de Michael.
Entre os brasileiros, Rubens Barrichello foi o quinto, depois de bater em Alonso na largada e ter de fazer uma parada para trocar o bico, Cristiano da Matta abandonou com a suspensão quebrada e Antonio Pizzonia parou com problemas de freios.
