O meia Valdivia está irritado com a postura dos dirigentes do Palmeiras, em especial a do diretor de futebol, Alexandre Mattos, por causa da proposta de renovação de contrato feita para seu pai e procurador Luis Valdivia.

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A reportagem apurou que há cerca de um mês Luis Valdivia veio ao Brasil para conversar com Mattos e ouviu a seguinte proposta: R$ 120 mil mensais de salário fixo e mais R$ 60 mil por partida em que o chileno for titular – se ele entrar no decorrer da partida não ganhará o bônus. A proposta revoltou o jogador, que está se sentindo desprestigiado pela direção do clube.

Vários atletas do elenco ganham um valor fixo maior do que o oferecido ao chileno, e o bônus por jogo é pago mesmo que o jogador entre no decorrer da partida. Nos valores atuais da negociação, a chance de acordo é zero. Ficou combinado que uma nova conversa aconteceria após o Paulistão, mas até agora nada mudou.

O salário de Valdivia é de R$ 400 mil, e não R$ 500 mil como divulgado diversas vezes. Para conseguir receber o que ganha hoje, teria de fazer pelo menos cinco partidas por mês, ou seja, atuar na maior parte dos jogos da equipe no Brasileiro.

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Valdivia acha injusto não receber nada quando não puder jogar por estar a serviço da seleção chilena – o que ocorrerá com frequência a partir de setembro, quando começará a disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo – ou em tratamento de contusão sofrida durante um jogo.

O clube deve pouco mais de R$ 1 milhão ao chileno desde a gestão de Arnaldo Tirone, e não existe previsão para quitar esse débito – algo que também desagrada ao jogador.

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O gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa, entrou em contato recentemente com o Palmeiras admitindo interesse no chileno, e queria contar com ele já para a disputa do mata-mata da Copa Libertadores. Mas o presidente Paulo Nobre avisou que não vai deixá-lo sair antes do término do contrato, que se encerra no dia 17 de agosto.

Valdivia divide os dirigentes do clube. Nobre defende sua permanência, enquanto Alexandre Mattos entende que a relação custo-benefício é ruim.

Nos bastidores do clube alviverde pouca gente acredita na permanência do meia, e a maioria acha que ele voltará a jogar no Oriente Médio. Mas há os que temem que ele continue no Brasil e acabe se destacando por outra equipe. A tendência é que a situação continue indefinida pelo menos até a Copa América, que começa dia 11 de junho.