O Paraná Clube inicia hoje um novo capítulo de sua história. Aquilino Romani e os demais integrantes do novo Conselho Diretor tomam posse para um mandato de dois anos.

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O desafio desse grupo – que na essência é o mesmo da gestão Aurival Correia – é reconduzir o Tricolor à primeira divisão. Mais do que isso, fazer do futebol e do social dois departamentos auto-sustentáveis e remodelar toda a estrutura de um dos mais tradicionais clubes do Estado.

“Estamos chegando com muita vontade de fazer o melhor. Sabemos das dificuldades, mas não faltará empenho da nossa parte”, diz Romani. Ainda sem um orçamento definido para dar início à sua gestão (o grupo de marketing trabalha no sentido de viabilizar patrocínio e recursos, em especial para o departamento de futebol), o novo presidente paranista mantém um discurso genérico, falando sobre as metas, mas sem apresentar os meios para tornar realidade, por exemplo, o sonho de retorno à elite nacional.

Sem saber o quanto o clube irá dispor, a diretoria esbarra nas suas próprias limitações para avançar em renovações contratuais ou busca por reforços. O próprio Aquilino Romani deixou claro que caso o técnico Roberto Cavalo não aceite a última proposta feita pelo clube (sendo que a distância entre o que o treinador pede e o que é oferecido gira na cada dos R$ 15 mil), o clube já alinhavou um plano B.

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“Não iremos fazer loucuras e comprometer a nossa estrutura. Isso vale para comissão técnica e jogadores. Vamos trabalhar dentro da nossa realidade”, avisa o presidente, eleito com 84% dos votos válidos no pleito do dia 11 de novembro.

No anúncio oficial do Conselho Diretor, hoje à noite, poucas novidades. A rigor, uma pequena “dança de cadeiras” e a repetição de praticamente todo o grupo da gestão passada.

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Os doze integrantes da diretoria seriam praticamente os mesmos. A única mudança estaria na adesão de Aramis Tissot e a saída de Marlo Litwinski, agora sem uma “cadeira” neste Conselho.

Quatro vice-presidências seguem sob o mesmo comando: César Augusto de Mello (jurídica), Roberto Hinça (assuntos internacionais), Justo Sidney Martinez (esportes sociais) e René Francisco Bernardi (patrimônio).

Márcio Villela -afastado por problemas de saúde – assumirá a vice de planejamento, com o remanejamento de Luiz Carlos de Souza para categorias de base. Já Nilson Scheffler será o vice administrativo, trocando de posto com Airton Correia, que assume como vice sócio-cultural.

Já o setor financeiro poderia voltar ao comando do atual presidente Aurival Correia. Quando aceitou concorrer à presidência, Romani estabelecera a obrigatoriedade da presença de Correia no Conselho.

A nova diretoria, no entanto, ainda não está completa. A vice-presidência de marketing não foi ocupada, diante da negativa de Ernani Buchmann, que seguirá como presidente do Conselho Normativo do clube.