Ainda dá. Um dia após ver suas chances de fuga do rebaixamento serem reduzidas com a derrota para o Botafogo, o Paraná Clube voltou ao páreo. O empate entre Goiás e Corinthians (1×1), ontem, no Serra Dourada, recolocou o Tricolor na briga. Um fogo cruzado entre paranaenses, paulistas e goianos, sendo que apenas uma dessas torcidas vai festejar a ?sobrevivência?. O Náutico não está matematicamente livre, mas após a goleada sobre o lanterna América-RN ficou muito próximo da salvação.
O domingo só não foi completo porque o Santos foi derrotado pelo Flamengo e na próxima rodada vai tentar carimbar em Curitiba o seu passaporte para a Libertadores da América. O Paraná Clube terá que fazer obrigatoriamente dois pontos a mais que Goiás e Corinthians nas duas rodadas restantes para escapar da degola. Resumindo: seus rivais não podem fazer mais do que quatro pontos (uma vitória e um empate) e, assim, com duas vitórias – sobre Santos e Vasco – o Tricolor fecharia a temporada à frente de Goiás e Corinthians.
A situação é tão equilibrada que na penúltima rodada o Paraná pode sair da temida ?ZR? ou estar matematicamente relegado à Série B em 2008. ?Temos que acreditar. Mas com atitude. No Rio de Janeiro, não fomos nem sombra daquele time que vinha de três rodadas de invencibilidade?, disparou o capitão Nem. O zagueiro, no entanto, não vai estar em campo contra o Peixe. Com o terceiro cartão amarelo, ele fica fora desta decisão. Como no próximo fim de semana não haverá rodada em virtude dos jogos da seleção brasileira, Saulo de Freitas terá tempo de sobra para arrumar o time.
?O bom seria passar essas duas semanas fora da zona do rebaixamento. Mas, não deu. Agora é pensar naquilo que vem pela frente?, disse o treinador, aliviado com o empate de ontem, no Serra Dourada. ?Nos deram novo oxigênio?, afirmou o técnico paranista. O Paraná, se tivesse feito sua parte no sábado, hoje estaria em vantagem na disputa e dependeria apenas de seus resultados para se manter na primeira divisão. ?Só que não adianta ficar remoendo essa questão. É passado. Nossa decisão, agora, é frente ao Santos?, completou Saulo.
Os paranistas, que já não eram muito afeitos às projeções, agora têm a perfeita noção de sua delicada missão nestes 180 minutos: é vencer ou vencer. Enquanto trava duelos com Santos e Vasco, o Tricolor precisa ainda secar Goiás (que joga contra Atlético-MG, no Mineirão, e Internacional, em casa) e Corinthians (Vasco, em casa, e Grêmio, fora). Uma terceira opção seria secar o Náutico (Figueirense, fora, e Flamengo, casa). Porém, o time pernambucano não pode somar um ponto sequer para o Paraná, com 47 pontos, conseguir superá-lo.
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