O Atlético pode arrecadar apenas com a venda do nome da Arena da Baixada mais do que todo o investimento que planeja fazer para concluir o estádio, seguindo as normas da Fifa para Copa do Mundo de 2014.
Segundo estudo elaborado pela consultoria BDO/RCS, especializada em marketing esportivo, os “naming rights” da Arena têm potencial para render ao clube cerca de R$ 90 milhões em 20 anos.
A BDO/RCS elaborou um ranking com o potencial de arrecadação com “naming rights” dos 12 estádios escolhidos para receber os jogos da Copa. O Maracanã, no Rio, e o Itaquerão, em São Paulo, aparecem no topo da lista, com a cessão de seus nomes por 20 anos avaliada em R$ 300 milhões cada.
O Mineirão, em Belo Horizonte (R$ 220 milhões), e a Fonte Nova, em Salvador (R$ 120 milhões), também estão à frente da Baixada, que aparece empatada com Mané Garrincha (Brasília), Beira-Rio (Porto Alegre) e Arena Pernambuco (Recife). Arena Pantanal (Cuiabá) e Arena das Dunas (Natal) aparecem por último, com R$ 60 milhões.
O Furacão espera investir cerca de R$ 60 milhões na conclusão da Arena da Baixada, ou um terço do custo total das obras, orçadas em R$ 180 milhões no projeto escolhido pelos conselheiros do clube.
Os dois terços restantes seriam viabilizados pelo poder público, através dos títulos de potencial construtivo cedidos pelo município de Curitiba e uma linha de financiamento disponibilizada pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). O acordo está no convênio firmado entre Atlético, prefeitura e governo do estado, em setembro de 2010.
A projeção de arrecadar R$ 90 milhões em 20 anos supera os cálculos apresentados pelo ex-presidente Mário Celso Petraglia ao Conselho Deliberativo. O organograma mostrado pelo idealizador do projeto aprovado pelos conselheiros previa uma arrecadação de R$ 4 milhões por ano com os “naming rights”.