Se por um lado o São Paulo jamais ganhou uma partida sequer em Itaquera, palco do clássico deste domingo contra o Corinthians, às 19h, pelo Paulistão, por outro, ao menos, já sabe a quem pedir dicas de como sair da arena rival com três pontos. Vagner Mancini, técnico interino, tem experiência no campo inimigo, onde esteve seis vezes como visitante: ganhou uma, empatou três e perdeu duas. Já o clube tricolor passou por lá em nove ocasiões e coleciona seis derrotas e três empates.
“Acho importante quando você tem um bom retrospecto, mas sei que isso não conta muito. Assim como já venci, empatei e perdi. O mais importante para nós, além da vitória, é readquirir a confiança”, afirmou nesta sexta-feira Mancini, em entrevista coletiva no CT da Barra Funda.
O coordenador de futebol do São Paulo vai dirigir a equipe ao menos até abril, quando Cuca deverá estar apto novamente a trabalhar – anunciado quinta-feira como novo treinador em substituição ao demitido André Jardine, ele se recupera de uma cirurgia cardíaca realizada em dezembro do ano passado.
Mancini visitou a arena corintiana comandando Botafogo, Chapecoense e, especialmente, Vitória, clube pelo qual conseguiu o feito de quebrar uma invencibilidade de 19 jogos do adversário no Brasileiro de 2017.
Após o triunfo por 1 a 0 no dia 19 de agosto, aliás, o então técnico do Vitória acabaria se envolvendo em duas polêmicas. Primeiro, na coletiva depois da partida, não gostou do questionamento de um repórter sugerindo que o seu time havia vencido por um lance fortuito. Discutiu com o profissional, acusado de estar sendo parcial – Mancini chegou a perguntar se ele era corintiano – e acabou encerrando a entrevista.
Posteriormente, em áudio de WhatsApp que vazou, o treinador ironizava o episódio: “Ganhar do Corinthians é ótimo. Somar três pontos nem se fala, mas dar uma patada num jornalista babaca corintiano, então, nem se fala”, dizia trecho da conversa.
Mancini acabou se desculpando com o clube e com o repórter em nota oficial: “Infelizmente, esse momento entre amigos numa rede social, que é extremamente comum entre os profissionais do futebol, tornou-se público, fora de contexto”, afirmou o técnico, no comunicado.