No Pinheirão, meninos de Rio Branco do Sul realizam sonho

Entrar no gramado sob aplauso da torcida é sonho de todo menino que dá os primeiros passos como jogador de futebol. Sonho que se torna real para um grupo de garotos da escolinha de futebol de salão mantida pelo Clube Ermírio de Moraes, a associação de esporte e lazer dos funcionários da Cimento Rio Branco, parceira do Paraná Clube num programa que há seis meses vem mudando o cotidiano de 180 meninos de Rio Branco do Sul, a 30 km de Curitiba.

Como reconhecimento pela conquista das primeiras colocações na disputa do 1o Torneio Interno da escolinha, e também como premiação aos jovens que obtiveram as melhores notas escolares durante o ano, 40 garotos, com idade entre 6 e 14 anos, entrarão (amanhã, 07.nov.2002) em campo junto com os jogadores do Paraná Clube, na partida contra o Botafogo, no estádio do Pinheirão.

Meninos como Reginaldo Rosa dos Santos, 14 anos, melhor desempenho escolar em sua categoria, que sabe da importância de ir bem na escola: “O estudo é a garantia de um futuro melhor. Eu sempre gostei de estudar e fico muito feliz por ver meu esforço reconhecido”, conta, planejando ser advogado ou professor de história, sua disciplina favorita.

O pensamento de Reginaldo é compartilhado pelo técnico da escola, Luciano Cenci, que explica que “o objetivo, mais do que descobrir novos talentos do esporte, é formar cidadãos. Queremos craques na escola e não apenas na bola”. Meta que vem sendo cumprida como no caso do garoto Kelvin Luís de Bonfim,10, que melhorou sua média escolar, de 4,75 nos dois primeiros bimestres, para 7,0 no terceiro. O bom desempenho escolar é, inclusive, uma das exigências para praticar o esporte.

A igualdade de condições para os garotos da cidade é garantida com o envolvimento de funcionários da cimenteira e integrantes da comunidade, que “adotaram” 60 alunos, oferecendo o material esportivo adequado e pagando o transporte para os treinamentos. “Com isso, trazemos uma nova esperança para os meninos e adolescentes de nossa comunidade, estimulando sonhos que num futuro próximo poderão se transformar em realidade”, explica o gerente técnico de mineração da CRB, Paulo Henrique de Ataide, um dos responsáveis pelo projeto.

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