Versatilidade

No Paraná, Micale começa a implantar seu estilo

Micale espera impor sua filosofia de trabalho aos poucos. Foto: Daniel Caron

O técnico Rogério Micale faz a sua estreia à frente do Paraná Clube na partida contra o Cianorte, neste domingo (4), às 16h, no Estádio Albino Turbay. Há uma semana no comando, ele espera, em breve, poder colher bons resultados no Tricolor.

Apesar de deixar claro que baseia seu modelo de jogo na análise do elenco que tem à disposição, Micale revelou que gosta de propor o jogo aos adversários.

“Tenho preferências, mas não necessariamente vão ser usadas. Tudo é uma questão de avaliar o que você tem em mãos. Não que seja o caso no momento, mas gosto de jogar com time extremamente ofensivo, com três atacantes, um ou dois meias”, explicou.

No entanto, ele sabe que vai levar algum tempo para impor sua filosofia de trabalho. “Gosto de um futebol bem jogado. Porém, para um futebol propositivo, você precisa de tempo para organizar as ações. Já o futebol reativo é mais fácil, é só abaixar a defesa e esperar o adversário”, analisou o treinador.

Versatilidade

Para contextualizar que nem sempre suas preferências são colocadas em primeiro plano quando organiza como a equipe vai reagir em campo, Micale lembra de dois importantes títulos de sua carreira. Nos diferentes momentos, as estratégias usadas foram diferentes, mas ambas tiveram sucesso.

Quando comandou o Figueirense, por exemplo,  utilizou um time com linhas muito defensivas. “Tivemos a defesa menos vazada até pouco tempo na história do campeonato”, relembrou.

Por outro lado, quando comandou o time olímpico do Brasil, o esquema foi bem mais ofensivo. “Joguei as Olimpíadas com quatro atacantes contra a Alemanha, na final, e também tivemos a defesa menos vazada quase que da história, só perdemos para uma seleção no mundo que não tinha tomado nenhum gol e tomamos um gol na final”, contou o técnico, que reforçou sua versatilidade.

“Eu já trabalhei de diversas formas. Eu tento me adaptar um pouquinho ao que eu tenho em mãos, ao elenco, acho que tenho que avaliar as características do grupo para tirar o melhor de cada um, otimizando a equipe. Às vezes eu gosto de um modelo de jogo, de um jeito de jogar, mas com o elenco que eu tenho em mãos não tenho condições de fazer isso”, explicou.

Micale, que não quis falar como o Paraná vai se portar em campo diante do Cianorte no próximo domingo (4), no Centro-Oeste do estado, rejeitou a ideia de ter um esquema tático padrão.

“Vamos defender com 11 e atacar com 11, a ideia é essa, trabalhar em grupo. Independente de número de sistemas, o importante é que haja o entendimento do grupo. Então é relativo falar de um esquema. As reações em campo resultam de comportamento. Sem a bola, todos vão marcar, com a bola, todos vão jogar”, detalhou Micale.

Ele deixou a curiosidade no ar sobre como o Tricolor reagirá na partida de abertura da Taça Caio Júnior. “Acho que futebol é simples nesse quesito, agora como vamos distribuir isso dentro de campo, meus jogadores que vão responder”, garantiu.

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