Em 2012, o Paraná Clube disputará a Série B pela quinta vez consecutiva. Sem um planejamento compatível com a grandeza de sua camisa, tornou-se apenas um coadjuvante no segundo escalão do futebol brasileiro. Neste período, o Tricolor tornou-se também um entreposto de técnicos e jogadores. Em 2011, utilizou quase 70 jogadores e passou por quatro treinadores.
O reflexo disso se dá nas bilheterias, onde a média de público é de pouco maior do que três mil torcedores. Os próprios dirigentes reconhecem que somente com uma média pelo menos três vezes maior é possível imaginar uma temporada sem tantos percalços. Porém, como atrair seu torcedor com campanhas pífias?
A promessa da “nova” diretoria é uma reformulação geral do departamento de futebol, com a contratação de um profissional da área, que terá muitos desafios. O principal deles: obter autonomia e dinheiro para montar um time compatível com as necessidades do clube. O presidente eleito Rubens Bohlen já afirmou que o futebol será o principal foco dos primeiros meses de sua gestão. “É o ponto principal a ser atacado. Trabalharemos com o planejamento estatégico, que envolve ações de longo, médio, curto e curtíssimo prazos. O futebol precisa se organizar de forma imediata”, ressaltou.
Na prática, o Paraná terá mais de cinco meses para se organizar visando o seu principal objetivo: a Série B, que tem início no dia 19 de maio. Nas quatro edições mais recentes da Segundona, o Tricolor fechou apenas em uma posição intermediária. Em 2011, curiosamente, fez menos pontos que em anos anteriores (52), mas ficou a somente 9 pontos da área do acesso. “Quando você não atinge a meta é porque erros aconteceram. Mais uma vez ficamos pelo caminho por falta de recursos financeiros, avalia o vice-presidente eleito Paulo César Silva.