No dia de sua aposentadoria, Wambach descarta retorno no Rio-2016

Um dos principais nomes do futebol feminino em todos os tempos escreverá na noite desta quarta-feira seu último capítulo como jogadora profissional. No amistoso diante da China, em New Orleans, a atacante Abby Wambach estará em campo pela última vez na carreira, aos 35 anos.

Wambach é simplesmente a maior artilheira da história de todas as seleções, seja entre os homens ou entre as mulheres. Por isso, e pela revolução que ela causou na forma de atuar das jogadoras, sua aposentadoria é considerada o fim de um longo ciclo na modalidade. Alguns boatos davam conta inclusive de que ela poderia repensar a decisão para atuar nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, o que foi descartado.

“Vou ser apenas uma torcedora e assistir, pelo menos uma vez. E vai ser incrível”, declarou. “Posso dizer isso agora. Depois do jogo, será uma festa incrível e não há melhor cidade no mundo para fazer isso do que New Orleans, provavelmente. Cuidado, será uma noite divertida”, brincou.

Wambach se tornou uma das jogadoras mais icônicas do futebol feminino nas últimas décadas, conhecida pela força física e a potente finalização, seja com o pé ou com a cabeça. Sua habilidade em campo e sua luta pelos direitos dos homossexuais – é casada com outra jogadora de futebol, Sarah Huffman, desde 2013 – fizeram inclusive com que fosse incluída na lista de 100 pessoas mais influentes do mundo da Revista Time em 2015.

Mas foi mesmo dentro de campo que Wambach viveu seus momentos mais gloriosos, principalmente com a camisa da seleção dos Estados Unidos. Foi tetracampeã mundial, em 2003, 2007, 2011 e 2015, além de duas vezes campeã olímpica, em 2004 e 2012. Em Atenas, há 11 anos, foi a responsável por marcar o gol na prorrogação da decisão diante do Brasil, que fez com que as comandadas de René Simões ficassem com a prata.

Desde sua estreia com a camisa da seleção, em 2001, foram 15 anos de carreira internacional, com 252 jogos disputados e incríveis 184 gols marcados. Para se ter uma ideia, Pelé é o maior artilheiro da história da seleção brasileira com “apenas” 95 gols.

E antes de abandonar a vitoriosa carreira, ela queria ter certeza de que a seleção norte-americana teria uma nova geração à altura para seguir fazendo bonito. “É a coisa certa não só para meus amigos, família e fãs, mas também para minhas companheiras, para mim mesma e para os técnicos”, comentou.

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