O presidente do Coritiba, Samir Namur, enviou um pedido para que o Conselho Deliberativo do clube apure supostas irregularidades cometidas pelo ex-presidente Rogério Bacellar e pelos demais dirigentes do antigo G5 coxa-branca: José Fernando Macedo, Gilberto Griebeler, Alceni Guerra, Celso Luiz Andretta, além de Ernesto Pedroso, diretor institucional da época.
A informação foi divulgada pelo jornalista Augusto Mafuz, da Tribuna do Paraná. Entre as irregularidades citadas estão débitos da contribuição assistencial e sindical, INSS, IRRF (imposto de renda retido na fonte), FGTS e PIS sobre a folha de pagamento até novembro de 2017, que chegam a mais de R$ 7 milhões. Bacellar comandou o Coritiba entre dezembro de 2014 e dezembro de 2017.
O ofício da nova diretoria liderada por Namur alerta sobre a Lei do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), que estabelece princípios e práticas para os clubes brasileiros prevendo punições pelo não cumprimento das obrigações fiscais.
“Na verdade esse pedido [feito pelo Conselho Administrativo] não foi acatado e nem descartado. Segundo o nosso estatuto existe uma tramitação a ser cumprida. Será escolhida uma comissão para realizar a apuração dos fatos. Se houver a necessidade, será feita uma auditoria interna com a comissão nomeada. Está tudo dentro do estatuto do clube. Não estamos prejulgando e condenando ninguém. Não é uma ação judicial e tudo será resolvido internamente”, explica Marcelo Licheski, atual presidente do Conselho Deliberativo.
Recentemente, os atacantes Gustavo Mosquito, que ainda tem contrato no Alto da Glória, e Rildo, atualmente no Vasco, acionaram o Coritiba na Justiça por falta de pagamentos. A reportagem também apurou que existem mais atletas, que saíram do clube no final do ano passado, que também estão sem receber do clube.
O ex-presidente Rogério Bacellar foi procurado, mas disse que estava em viagem e que só irá atender à reportagem quando retornar a Curitiba no final da semana.