Os torcedores do Bangu, que disputa a 2.ª divisão da Suburbana de Curitiba no futebol de campo, jamais imaginaram que um dia o clube fosse enfrentar um grande time como o Botafogo. Muito menos que essa partida poderia ser válida pelo Campeonato Brasileiro. Apesar do futebol não ser praticado no campo, o jogo ocorre neste final de semana: em uma mesa de futebol de botão.
O Bangu é uma das duas equipes da capital paranaense que participa do 1.º Brasileirão de futebol de mesa por clubes, na modalidade Dadinho. O torneio é no Rio de Janeiro e a outra equipe da capital paranaense é o Clube Curitibano.
Outros dez clubes participam do torneio, disputado com regras que ainda são novidade em Curitiba. Essa modalidade de futebol de mesa passou a ser praticada na cidade somente há pouco menos de dois anos, quase uma década depois de quando ela passou a ser disputada entre os cariocas.
De acordo com Jefferson Smolarek, capitão do Bangu, no “Dadinho” as traves são menores e o estilo de jogo é diferente. “Temos até botões apropriados para essa modalidade, que acaba sendo mais disputada que a da bola de feltro. Ocorrem menos gols”, explica.
Apesar da grande experiência dos cariocas, Smolarek acredita nas exaustivas sessões de treinos para buscar o título. Ele também ressalta os feitos de alguns atletas do rival local. “No Curitibano, por exemplo, tem até campeões brasileiros de 12 toques”, afirma o capitão do Bangu.
Como funciona
Na disputa por clubes, as 12 equipes se enfrentam em turno e returno. Cada time conta com quatro titulares e a disputa de cada jogo é feita em quatro mesas diferentes. Para ganhar um ponto na rodada, o time precisa conseguir pelo menos três vitórias contra o oponente. O empate não dá ponto e o saldo de gols de cada partida não interfere na pontuação de cada jogo. Os jogos têm duração de sete minutos cada lado. Na regra Dadinho, cada jogada pode ter nove toques, sendo três por botão. Além dos quatro titulares, todas equipes têm um reserva.
