Michel Bastos também ganha uma nova oportunidade no time titular. |
Livre do rebaixamento e com pequenas chances de se classificar para a Copa Sul-Americana, os quatro jogos que restam para o Atlético neste Brasileirão poderiam ser encarados apenas para o cumprimento de tabela. Entretanto, em especial o jogo contra o Bahia, amanhã, na Fonte Nova, tem um significado diferente para o zagueiro Alessandro Lopes, de 19 anos. Será a primeira vez que ele começa jogando na equipe principal. “Pelas circunstâncias, estou tranqüilo. Mas a responsabilidade com a vitória é a mesma, mesmo porque queremos embalar o time para 2004”, diz. Para ele, em particular, uma boa atuação pode representar um futuro promissor dentro da equipe. “Estava esperando uma oportunidade e ela chegou. Tenho consciência de que se fizer um bom jogo, vou ter a chance de me firmar.”
Ao que parece, as oportunidades na vida de Alessandro surgiram naturalmente. Quando tinha 16 anos, o rapaz de Carambeí veio para Curitiba para fazer um teste no Paraná Clube. Foi reprovado para o time juvenil, mas encaminhado para a escolinha. “Fiquei só um mês, pois percebi que ali não teria chances. O treinador nem sabia o meu nome”, diz. Quando já estava conformado em voltar para o interior, Alessandro soube que o Atlético estava fazendo uma peneira. “Decidi arriscar e o professor Orlandinho gostou de mim. Comecei a jogar no juvenil e este ano fui profissionalizado.”
Como é a primeira vez que Alessandro jogará no time titular, ele prevê que será preciso muita comunicação entre ele e os companheiros de zaga, Rogério Correia e Daniel. “Nunca jogamos juntos, mas gosto de jogar no esquema com três zagueiros. As responsabilidades são divididas e se cada um fizer a sua parte, a tendência é manter uma zaga bem fechada.” Como o adversário de amanhã está na vice-lanterna da competição, uma defesa reforçada será fundamental para segurar o ímpeto. “Eles não têm outra opção senão partir para cima. Se segurarmos bem atrás, podemos matar o jogo nos contra-ataques.”
Chance
Outro jogador que terá os últimos jogos para impressionar o treinador e a torcida é o lateral Michel Bastos. Ele até participou como titular de alguns jogos, mas não conseguiu se firmar como titular. Agora, com Ivan fora de combate – ele operou as amígdalas e só volta a jogar no ano que vem-, o garoto espera aproveitar ao máximo a nova chance. “Serão quatro jogos na seqüência, o que é importante para o crescimento de produção. Espero corresponder à altura.” Mesmo que os jogos finais não tenham tanta importância em termos de pretensões do clube no campeonato, Michel acredita que o empenho do time será o mesmo. “Todos nós sabemos que pela estrutura que o clube tem, merecíamos sorte melhor no campeonato. O mínimo que temos a fazer é lutar agora para ficar com a melhor classificação possível”. Para tanto, a próxima batalha não será das mais fácies, na opinião do lateral. “Vamos encarar uma pedreira em Salvador. Eles estão numa situação limite, fugindo do rebaixamento. Temos que cuidar bem da defesa e marcar quando as oportunidades surgirem.”