No Atlético, Jorginho faz cair a ficha dos rubro-negros

O técnico Joginho foi apresentado ontem pelo Atlético, e chegou fazendo um alerta para os riscos que o Furacão corre na Série B. Sem rodeios, o novo treinador falou abertamente da dificuldades e armadilhas que a competição oferece. Usou uma metáfora para exemplificar o grau de dificuldade, citando ele, o auxiliar Anderson Lima e o preparador físico Omar Feitosa para descrever a situação que os rubro-negros irão encarar daqui para frente. “Não será fácil. O Atlético vai ser muito cobrado. Um vai ficar mais careca [Omar Feitosa], outro mais preto [Anderson Lima] e eu vou ficar mais feio, por que não vai ser fácil”, alertou Joginho, arrancando risos dos colegas de comissão técnica.

Com tantos reveses, o técnico se diz também preparado para as críticas e cobranças. “Não vai ser fácil. Realmente, não vai ser fácil. O Atlético vai ser cobrado e a torcida está magoada e triste, com razão”, reafirmou. Para que o cenário mude, reforça Jorginho, será preciso muita aplicação do elenco e união de todos. Para ele, o que vale é o acesso à Série A em 2013, e não o título. “A competição da Série B é muito difícil e se o clube não conquistar o que deseja vai tudo por água abaixo”, completou.

Uma das primeiras dificuldades apontadas por Jorginho é chegar ao clube sem conhecer bem o elenco. Weverton, que foi seu goleiro na conquista da Série B de 2011, na Portuguesa, é o único jogador que ele conhece. Ainda que já tenha observado jogos do Atlético, principalmente pela Copa do Brasil, o treinador admite que pouco sabe de cada atleta e que é preciso reverter com urgência esta condição. “Conheço os outros [jogadores] de ver jogar. Mas quando você está orientando é diferente. Espero que não demore a conhecer, porque estamos a 120 por hora e trocando os pneus do carro”, lembrou.

Rodízio de técnicos

Jorginho afirmou ainda que espera ser o último técnico do Atlético em 2012. Segundo ele, as trocas constantes de treinadores são um dos vilões da atual situação do Atlético. O treinador chega a brincar com sua própria condição, por ser o terceiro treinador deste ano, afirmando que talvez seja um sinal de mais uma passagem rápida. Mas também reforça a necessidade de que esta rotina precisa ser quebrada. “Tem que acabar com isso, porque é só o Atlético que sai prejudicado. Tem que ter bom ambiente e a comissão técnica estar puxando para um lado só. E isso [de trocas] tem que acabar. Vai ser agora? Não sei, mas vamos tentar. Vamos trabalhar com força e fazer o melhor”, finalizou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna