Seis meses após 91 mil pessoas terem lotado o Estádio Ninho de Pássaro para assistir à cerimônia de encerramento da Paraolimpíada que fechou as cortinas dos Jogos Olímpicos de Pequim, os administradores do local estão com dificuldades para ocupar a arena que se tornou um dos ícones da capital chinesa.
Em todo o mundo não são poucos os casos de enormes instalações olímpicas que raramente são utilizadas após os Jogos, e o Ninho de Pássaro, com um custo de US$ 500 milhões, pode acabar se tornando o maior de todos esses “elefantes brancos”.
“A maioria dos estádios do mundo administrados com métodos normais não consegue dar lucro”, disse Zhang Hengli, vice-gerente-geral do consórcio responsável pela operação do estádio, o Citic.
“Mas a China é diferente. Primeiro, temos uma grande população. A outra coisa é que os estádios em Pequim são quase todos localizados em área lotadas, então conseguimos garantir um certo fluxo de pessoas, o que é um fundamento para o nosso lucro.”
“Acredito que em boas condições econômicas, o estádio pode conseguir dar lucro.” Enquanto as condições econômicas não melhoram, Zhang afirmou que a receita oriunda da visita diária de vinte mil a trinta mil turistas atualmente consegue cobrir a despesa anual de manutenção, de 70 milhões de iuans (10,24 milhões de dólares), e de impostos, de 90 milhões de iuans.