Montreal, Canadá (AFP) -Seis vitórias em oito corridas, quarenta e três pontos de vantagem no Campeonato Mundial de Fórmula 1. É com esta velocidade que o piloto alemão Michael Schumacher chegará à sua quinta coroa na tarde do … Grande Prêmio da França em Magny-Cours, em 21 de julho, seis provas antes do final da temporada.
Para que isto aconteça será necessário que ‘Schumi’ marque 23 pontos a mais do que Ralf Schumacher, seu irmão, e o colombiano Juan Pablo Montoya (Williams-BMW), seus rivais mais ‘próximos’ na classificação. E isso não é nada impossível para ele.
Não bastando dispor de uma arma letal, uma F2002 diabolicamente eficaz, o alemão parece realmente estar rodeado de deuses e ainda deve estar sendo protegido por uma fada boazinha, porque as desgraças só acontecem com seus adversários, deixando para ele até agora poquíssimos problemas.
O alemão foi vítima domingo de manhã de um pequeno inconveniente, durante a última bateria de treinos livres do GP do Canadá, em Montreal. Mas, claro, foi um probleminha sem conseguências dolorosas, contrário do que acontece com seus rivais.
Seis vitórias, uma segunda colocação, setenta pontos sobre oitenta possíveis, o percurso de Michael Schumacher resulta ideal, mas não muito para ele. O piloto não consegue acreditar que o Campeonato está quase acabando, nem que está sob proteção de qualquer outro adversário.
“Não penso nisso”, diz o tetracampeão. “Sabemos que temos uma vantagem confortável. Não pensamos ainda no momento da vitória, apesar de que simplesmente devemos ganhar”, disse.
Mas será que ele não deveria aguardar uma decisão do Conselho Mundial, em 26 de junho em Paris? A máxima autoridade vai julgar o incidente do último GP da Áustria, quando seu companheiro de equipe, o brasileiro Rubens Barrichello, deu-lhe a vitória a pedido da Ferrari.
Um episódio ainda presente no espírito dos torcedores, muitos dos quais o recebem com vaias depois daquele vergonhoso 12 de maio.
Pontos retirados, alguma punição? Uma penalidade poderia adiar a data do inevitável triunfo.
