A Fifa anunciou nesta segunda-feira que não punirá a seleção nigeriana. A federação de futebol local cumpriu as ordens dadas pela principal entidade da modalidade, cancelou a anulação de sua eleição presidencial e, desta forma, evitou uma suspensão que impediria o país de entrar em campo por tempo indeterminado.
Para impedir a punição, a Nigéria cumpriu as determinações da Fifa, que havia requisitado a anulação da eleição da Federação Nigeriana de Futebol por considerar que houve interferência governamental nessa determinação, o que não é permitido, de acordo com as regras da entidade.
Além disso, o país tinha até a última sexta-feira para provar que a liderança eleita é capaz de trabalhar “sem qualquer impedimento”. Se a Nigéria não cumprisse a determinação, A Fifa iria bani-la do futebol internacional pelo menos até o próximo Congresso da entidade, em Zurique, nos dias 28 e 29 maio do próximo ano.
Se isto acontecesse, os nigerianos seriam impedidos de defender o título da Copa Africana de Nações, já que a competição está marcada para o próximo mês de janeiro, no Marrocos. Além disso, nenhuma de suas seleções nacionais ou equipes poderiam disputar jogos internacionais.
A turbulência na Federação Nigeriana de Futebol acontece há meses e, por isso, a entidade vinha sendo advertida repetidamente pela Fifa. A federação ficou suspensa por nove dias em julho, após o presidente anterior, Aminu Maigari, ser detido pelas forças de segurança em seu retorno ao país após a Copa do Mundo e afastado do cargo.
Uma nova direção foi definida em eleições apoiadas pelo governo, que não foram reconhecidas pela Fifa. Maigari foi reinstalado no cargo e supervisionou eleições realizadas em 30 de setembro, quando Amaju Pinnick foi eleito presidente. Mas a Fifa disse que o governo nigeriano voltou a interferir na entidade, o que poderia provocar uma punição ao futebol do país.