Na longa lista dos campeões da Fórmula 1 desde 1950, ano do primeiro campeonato da categoria, somente dois sobrenomes se repetem: Hill e Rosberg. A mais recente inclusão à lista de família vencedoras tradicionais na história do automobilismo se concretizou neste domingo, com o título garantido pelo alemão Nico Rosberg, da Mercedes, que chegou na segunda posição no GP de Abu Dabi.
A rara dobradinha ocorreu pela primeira vez há 20 anos. Assim como a trajetória de Nico Rosberg, o inglês Damon Hill vinha de dois vices consecutivos. Somente na terceira tentativa o então piloto da Williams se livrou da pressão por título e repetiu a façanha do pai, Graham, campeão do mundo em 1962 e 1968, mas que não viu o feito do filho, pois morreu de acidente de avião em 1975.
A família Rosberg voltou à dominar o automobilismo neste domingo, 34 anos depois do finlandês Keke Rosberg se sagrar campeão. Aos 31 anos, o filho alemão do ex-piloto igualou o feito do pai e compensou a pressão que sofreu no começo da carreira. “Sofri um pouco (com comparações) quando era mais novo, porque havia muito interesse sobre mim. Quanto mais interesse tem, mais complicado se torna”, explicou, em entrevista exclusiva ao Estado.
Nico, aliás, obteve a dobradinha em um grid com outros três filhos de ex-pilotos. O inglês Jolyon Palmer é filho do Jonathan Palmer. Já o holandês Max Verstappen foi representado anteriormente por Jos Verstappen e Kevin Magnussen, da Dinamarca, teve como antecessor Jan Magnussen.