O alpinista paranaense Waldemar Niclevicz anunciou ontem que ele e sua equipe viajam amanhã para o Nepal, onde, no dia 20, inicia uma nova escalada do Everest, a maior montanha do mundo (8.848m). A aventura faz parte do projeto “O Brasil no topo do mundo”, que deve durar até o mês de outubro e é cercada por grandes desafios: Niclevicz quer chegar ao topo do Everest sem o uso de oxigênio artificial (feito alcançado por apenas 10% dos 1.115 alpinistas que chegaram ao cume) e realizar seu sonho de escalar todas as 14 montanhas com mais de oito mil metros do mundo. Será a primeira expedição ao Everest que poderá ser acompanhada diariamente via internet (pelo site www.obrasilnoeverest.com.br).
Depois do Everest a expedição ainda tentará subir a Lhotse (8.501m), 4.ª maior montanha do mundo. Niclevicz leva nessa aventura, uma equipe formada por seis alpinistas nepaleses e quatro brasileiros (Irivan Burda, Marcelo Santos, Alir Wellner e Paulo Souza). Niclevicz e Mozart Catão foram os primeiros alpinistas brasileiros a chegarem ao topo do Everest, em 1995, só que pelo lado do Tibet. Desde então, nenhum outro brasileiro conseguiu repetir a façanha.
Tumulto
Durante a coletiva em que anunciou seu novo projeto, o paranaense voltou a ser contestado pelo alpinista José Luiz Pauletto, seu desafeto pessoal, que o acusou de se autopromover com o montanhismo e forjar imagens de expedições. Em resposta às provocações de Pauletto, Waldemar prometeu apresentar provas da veracidade de suas escaladas, através de fotografias e filmes sobre a expedição que serão publicados on-line pelo site oficial da expedição. “Tenho provas: são milhares de imagens e de filmes. Não entendo porque querem atrapalhar minha carreira”, disse Niclevicz.
