Cesar Cielo já havia avisado: Florent Manaudou e Nicholas Santos disputariam o ouro dos 50m borboleta na final do Mundial de Kazan (Rússia) e a ele restaria tentar o bronze. O francês confirmou o favoritismo para ser campeão mundial, Nicholas ficou com a prata, mas Cielo nem chegou perto da briga pelo bronze. Acabou apenas em sexto.

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Campeão mundial em Xangai (2011) e Barcelona (2013), Cesar Cielo buscava o tricampeonato, mas foi muito mal na final. Balizado apenas com o oitavo tempo, nadou na raia mais próxima à borda e em nenhum momento esteve perto dos primeiros. Sequer se aproximou da sua melhor marca do ano: 23s11. Terminou em sexto, com 23s21.

Assim, ele igualou seu pior resultado em Mundiais. Desde que despontou para a natação, em Melbourne (Austrália), em 2007, fez 10 finais. Ganhou seis medalhas de ouro e obteve dois quartos lugares. Na sua primeira participação em Mundial, foi sexto colocado nos 50m livre.

“Não tinha nada a perder. A prova acabou não sendo boa de novo, chegada ruim, saída mais ou menos, mas eu esperava estar muito melhor nesse campeonato. Está difícil. Não estou nadando bem. Corrigir isso aí para chegar bem na Olimpíada”, disse ele, ao SporTV.

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Atualmente, Cielo, está muito abaixo de Florent Manaudou. O francês já soma duas medalhas de ouro em Kazan porque foi fundamental para levar seu país ao título do revezamento 4x100m livre, no domingo. Cesar Cielo, por sua vez, não nadou a prova por equipes porque estava cansado da semifinal dos 50m borboleta – a qual Manaudou obviamente também nadou.

Na final em Kazan, foi o único a quebrar a barreira dos 22 segundos. O francês ganhou a prova em 22s97, sem conseguir repetir o melhor resultado da temporada. Mas o suficiente para bater à frente de Nicholas Santos (23s09).

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Curiosamente, dos oito primeiros colocados do ranking mundial, cinco fizeram suas melhores marcas do ano no Mundial. As exceções são três brasileiros: Nicholas Santos (seria ouro com os 22s90 do Maria Lenk), Cesar Cielo (ficaria com o bronze com os 22s11 do Maria Lenk) e Henrique Martins (não se classificou para o Mundial e ganhou ouro na Universíada).

Assim, quem faz companhia a Manaudou e Nicholas no pódio é o surpreendente húngaro Laszlo Cseh. Rival de Thiago Pereira nas provas de medley, o europeu agora se arrisca em provas mais curtas. De suas outras nove medalhas em Mundiais de piscina longa, só duas eram em disputas de 100 metros (costas em 2005, borboleta em 2013).

Já Nicholas Santos, primeiro brasileiro a ir ao pódio na natação em Kazan, ganhou sua primeira medalha em Mundiais de Piscina Longa. Em curta, ele foi campeão mundial em 2012 e vice em 2014 nos 50m borboleta.