O atacante Neymar comentou nesta terça-feira sobre a polêmica em que se envolveu na partida contra o Avaí, na última quinta, na Vila Belmiro, pela 18.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, o jogador negou que tenha usado o seu milionário salário para provocar os jogadores do time adversário, como chegou a acusar o técnico Antônio Lopes após a partida.
“Esse assunto não foi esclarecido. Falaram coisas que não aconteceram. Eu respeito muito o histórico do Antônio Lopes, mas ele se precipitou. Eu não falaria isso nem para minha irmã ou irmão. Se eu quisesse ser milionário, iria para o Chelsea”, afirmou o jogador, se referindo ao fato de ter recusado uma excelente proposta do time inglês.
Neymar garantiu que apenas faz uso dos seus recursos técnicos para irritar os adversários, lembrando que é um fato normal os mesmos ficarem nervosos por causa dos seus dribles e sua irreverência com a bola nos pés. “O que é mais fácil, dar porrada ou driblar? Sei que os atacantes acabam sofrendo faltas. Isso é normal. A questão é que são muitas faltas. Eu acabo driblando, dando chapéu e o pessoal fica nervoso. Mas o que é melhor: dar porrada ou chapéu?”, questionou o atacante.
No confronto diante do Avaí, porém, Neymar voltou a abusar do direito de irritar os adversários ao dar um chapéu no volante Marcinho Guerreiro já quando o jogo estava parado, assim como já havia feito em um clássico contra o Corinthians, também na Vila Belmiro, no último Campeonato Paulista, no qual encobriu Chicão e enervou o zagueiro.
Para defender Neymar contra as seguidas faltas que o jogador vem recebendo e coibir a violência contra o jogador, o Santos chegou a publicar um levantamento que diz que ele foi alvo de 21% das infrações sofridas pela equipe.
Na entrevista coletiva desta terça, o atacante foi acompanhado pelo diretor de futebol do Santos, Pedro Luiz Nunes Conceição, que também defendeu Neymar. “Faço um apelo para que não ocorra inversão de valores. A forma irreverente de o Neymar ser ocorre nos treinos, nos jogos, e com os amigos dele. Esse é o jeito do garoto. As pessoas precisam ter cuidado na hora de dar declarações sobre ele, para não imputar uma imagem não verdadeira sobre o atleta”, disse o dirigente.