A sofrida classificação da seleção brasileira para as quartas de final da Copa do Mundo, garantida apenas na disputa dos pênaltis contra o Chile, expôs a pressão a que está sendo submetida a equipe e mostrou o que pareceu ser um abalo psicológico de alguns jogadores. O atacante Neymar, então, revelou qual é a forma como se comporta para suportar a pressão. Nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, ele disse que tenta encarar todos os jogos como duelos contra amigos no quintal da sua casa.
“Eu me cobro muito, porque quero ganhar. Mas falo que precisamos jogar como se fosse contra um amigo no quintal de casa. Quando você joga contra um amigo, não quer perder, porque ele vai te zoar. Eu pensei assim contra o Chile. Não podia perder porque o Alexis (Sánchez, seu companheiro no Barcelona) ia me zoar. Agora eu que vou zoar. É mais ou menos assim. A gente carrega um peso, mas eu também tento levar em tom de brincadeira”, disse, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).
Neymar reconheceu que a pressão de jogar a Copa em casa é grande, mas também classificou a situação como um sonho de infância, citando até o episódio do Mundial de 2002, quando Ronaldo adotou o corte de cabelo no estilo Cascão e foi decisivo para a conquista brasileira.
E, tentando tirar a pressão dos seus ombros, ele destacou a alegria de atuar próximo aos amigos e familiares nesta Copa. “Tenho que tirar de letra isso. Estamos no quintal de casa, com a torcida brasileira, a minha família e os amigos”, afirmou.
Assim, Neymar garantiu que até gosta de atuar sob a pressão de vencer e comparou a vida do jogador de futebol com outras profissões. “Todo mundo tem responsabilidade no seu trabalho. O fotógrafo precisa tirar uma foto boa, o câmera tem que gravar bem, eu tenho que jogar futebol. É uma responsabilidade gostosa que eu assimilo e gosto, sempre com ousadia e alegria. Quero vencer sempre e ajudar minha equipe”, comentou.