Um dia que teve Messi como grande destaque, ao marcar cinco gols diante do Bayer Leverkusen, Neymar não queria ficar atrás. Nesta noite, na Vila Belmiro, ele marcou os três gols da vitória por 3 a 1 do Santos sobre o Internacional, pela segunda rodada do Grupo 1 da Libertadores. E foram dois golaços, daqueles para concorrer ao bicampeonato do Troféu Puskas, de mais bonito do ano. Os gols ainda não refletiram o volume de jogo apresentado pelo santista, que teve uma das melhores atuações da carreira, a melhor do ano.

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Ajudou também a formação defensiva escolhida por Dorival Júnior. Três dos marcadores do Inter voltavam de lesão nesta noite (Nei, Índio e Guiñazu). Talvez temendo ter problemas com eles, o treinador escalou a equipe com três volantes, sacando Dagoberto. Assim, chamou o Santos para o campo de ataque.

Com 5 minutos, Neymar já mostrava que estava com uma inspiração fora do comum. Fez ótima jogada pela esquerda, tocou para Arouca, e esse achou Ibson livre. Mas o meia chutou muito mal, quase para a lateral. Aos 10, o atacante tentou mostrar como fazia, mas Muriel defendeu.

O primeiro gol foi o mais simples e pode ser colocado na conta de Paulo Henrique Ganso. O meia deu ótimo passe para Borges na área. Este tentou proteger a bola, mas foi derrubado por Índio. Na cobrança do pênalti, Muriel ficou parado no meio do gol, talvez esperando uma gracinha de Neymar, mas o craque bateu seco, rasteiro, e abriu o placar aos 18 minutos.

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Mas Neymar queria fazer gol por méritos próprios. Os 24, completou jogada que começou com Ganso e passou por Arouca, mas carimbou a trave. Enquanto isso, Leandro Damião mal tocava na bola e o Inter só pensava em marcar.

Para o segundo tempo, Dorival foi um pouco mais ousado. Trocou Elton por Dátolo, mas não adiantou muito. Se tivesse mais um volante no time adversário, é provável que Neymar também o tivesse driblado na linda jogada que fez, começando na linha do meio-campo e atravessando todo o campo de ataque para marcar o segundo gol, aos 9 minutos. O craque passou por quatro marcadores até dar um toquinho na saída de Muriel.

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Só aí o técnico do Internacional tirou Dagoberto do banco. Mas o colocou no lugar de D’Alessandro. Bolatti também saiu, para entrar Tinga. Poucos segundos depois, Oscar entrou na área pela esquerda e cruzou para Leandro Damião descontar.

Mas Neymar não deixaria seu show ser atrapalhado. No minuto seguinte, puxou outro contra-ataque pela esquerda, desta vez se livrando de três colorados de uma vez só, atravessou o campo de ataque e deu um toque por cima de Muriel para fazer o terceiro. Mais um golaço.

Com o Internacional batido, com a consciência de que nada que fizesse impediria a vitória do Santos – e de Neymar -, o jogo caminhou morno até o fim. Destaque negativo para Dagoberto, que cinco minutos depois de entrar levou o cartão amarelo e, no lance seguinte, só não foi expulso porque Evandro Rogério Roman fez que não viu o pisão que o ex-são-paulino deu na panturrilha de Ganso.

A vitória deixou o Santos com os mesmos três pontos que o Inter, mas em segundo, enquanto os gaúchos estão em terceiro, por conta do saldo de gols. O The Strongest, da Bolívia, tem seis pontos e lidera este Grupo 1. Também nesta quarta-feira, m Quito, o Deportivo Quito venceu o Velez Sarsfield por 3 a 0, pelo Grupo 7.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 3 X 1 INTERNACIONAL

SANTOS – Rafael; Fucile (Bruno Rodrigo), Edu Dracena, Durval e Juan; Henrique, Henrique, Ibson (Elano) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges (Alan Kardec). Técnico – Muricy Ramalho.

INTERNACIONAL – Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Kléber; Bolatti (Tinga), Guiñazu, Elton (Dátolo), D’Alessandro (Dagoberto) e Oscar; Leandro Damião. Técnico – Dorival Júnior.

GOLS – Neymar (pênalti), aos 18 minutos do primeiro tempo. Neymar, aos 9 e aos 19, e Leandro Damião, aos 18 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Evandro Rogério Roman (Fifa-PR).

CARTÕES AMARELOS – Elano, Juan, Neymar, Dagoberto, Tinga, Oscar, Bolatti, D’Alessandro, Elton, Kléber e Índio.

RENDA e PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio da Vila Belmiro, em Santos.