Foto: Ciciro Back

Ney Franco afirma que o time tem que manter a invencibilidade.

continua após a publicidade

Com o recorde de 1949 igualado, agora o objetivo passa a ser quebrá-lo. E isso pode acontecer na próxima quarta-feira diante do Cianorte, na Arena da Baixada. A expectativa é de que para esse confronto, que marcará o reencontro do torcedor com o time sensação do campeonato, o público seja o maior do ano na casa atleticana. A diretoria não confirma, mas homenagens ao atual grupo e ao de 1949 devem ser celebradas, deixando a partida com um clima ainda mais especial.

A 11.ª vitória consecutiva alcançada em União da Vitória e da maneira como aconteceu – aplicando a maior goleada do campeonato – dá um incentivo maior ao grupo de 2008 para que grave definitivamente seu nome na história. Apesar de ser considerado por alguns como um time não tão técnico quanto o de 1949, o elenco atual conquistou números importantes. Aplicou a maior goleada dos dois grupos – 8 a 1 diante do Iguaçu enquanto o Furacão fez 7 a 3 no Água Verde. Alcançou a ótima média de 3 gols por partida; 33 gols em 11 jogos. Detém o artilheiro da competição, assim como em 1949 – Marcelo Ramos com 10 gols. E, para finalizar, possui a defesa menos vazada do Paranaense com apenas 5 gols sofridos.

Marca

O setor defensivo é um dos aspectos interessantes e marcantes da campanha do atual grupo. Se em 1949 o Furacão venceu quase todos os seus jogos por goleadas e marcou 49 gols em 11 confrontos, teve as suas redes balançadas em 17 ocasiões. Isso representa mais que o triplo de gols levados pelo time de 2008. Dessa maneira, a equipe comandada pelo técnico Ney Franco está escrevendo a sua própria história.

No entanto, o brilho da conquista do recorde pode ser ofuscado caso o Atlético não conquiste o campeonato estadual, pois esse é o principal objetivo. O treinador está ciente disso e afirmou que a cobrança será maior ainda para que o time vença e mantenha-se com 100% de aproveitamento na temporada.

continua após a publicidade

?Faltam quatro rodadas para fechar a primeira fase. Temos que respeitar a competição o tempo todo.

O primeiro objetivo é jogar bem quarta-feira. O mando de jogo tem que prevalecer em qualquer campeonato. Temos que manter a performance de 100%. Sabemos que existe uma possibilidade de programação especial na quarta-feira, mas não podemos perder o foco do campeonato. Quando acabar a primeira fase, muda tudo. São quatro equipes e se classificam duas. Daí é outra história?, explicou Franco.

continua após a publicidade

Artilharia – Surpreendentemente, o vice-artilheiro do Atlético é o zagueiro Antônio Carlos, que já marcou cinco gols. A maioria deles de cabeça, resultado das jogadas de bola parada que exaustivamente são treinadas no CT do Caju.

Artilharia 2 – Os demais zagueiros também ganham destaque devido à eficiência da bola alçada na área pelo Atlético. Danilo e Rhodolfo já marcaram respectivamente 3 e 2 gols.

Time – A ausência de Jancarlos surpreendeu até mesmo Ney Franco, que teve que escalar o substituto Nei para enfrentar o Iguaçu. O treinador confirmou que o ala sentiu dores lombares na quinta-feira e deveria ter se apresentado no clube para tratamento, porém não apareceu e nem mandou notícias. ?Eu fiquei surpreso, mas não lamento falta de atleta nenhum. Acho que temos um grupo qualificado. Em cada posição temos jogadores com qualidade para substituir. O Jancarlos está numa temporada excelente. Temos que escutar o jogador, ver o que aconteceu. Eu conto com ele para a temporada inteira?, afirmou Franco após o jogo em União da Vitória.

Devido a essa ausência foi especulado que o jogador poderia estar acertando sua transferência para o Corinthians, pois o clube paulista já havia demonstrado interesse em contar com o futebol do ala.

Time 2 – Diante do não comparecimento de Jancarlos no CT do Caju para iniciar o tratamento médico, o diretor de futebol do Atlético, Alberto Maculan, disse em entrevista para uma rádio que não tem informações de uma possível saída do atleta do elenco e que hoje, na reapresentação dos jogadores, verificará os motivos da ausência do lateral.

Versão 2008 está destruindo todos os recordes

Cahuê Miranda

Foto: Ciciro Back

Máquina rubro-negra tem fome de gols e de vitórias. Já são 13 consecutivas.

O Furacão 2008 está devastando todos os recordes. Além de igualar a maior seqüência de vitórias da história do Campeonato Paranaense, o atual time rubro-negro superou também outra marca da imortal geração dos anos 1940: a maior série de triunfos em 83 anos do Rubro-Negro, contando torneios oficiais e amistosos.

A vitória de 8 a 1 sobre o Iguaçu, sábado em União da Vitória, foi a 13.ª consecutiva. Além dos 11 jogos do Campeonato Paranaense, o Furacão venceu o São Paulo por 1 a 0, na última rodada do Brasileirão de 2007, e fez 4 a 1 na seleção dos estrangeiros que jogam em Trinidad e Tobago, pela Copa Shaka Hislop Tribute, disputada no país caribenho em dezembro.

Até então, a maior seqüência de vitórias do Rubro-Negro havia sido conquistada entre 1943 e 1944. Na época, entre jogos do estadual, Torneio Luiz Aranha e amistosos, o Atlético emendou uma série de 12 vitórias. Entre elas, duas de 3 a 2 sobre o Coritiba, na decisão do Paranaense de 1943. Marca conquistada por ídolos como Nilo, Zanetti, Jackson e Caju e que permaneceu insuperável por 64 anos.