Oficialmente, o presidente da Federação Paranaense de Voleibol, Neuri Barbieri, assumiu na sexta-feira o cargo de superintendente geral da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), durante a assembleia geral da entidade em João Pessoa. Mas ele está exercendo a função há pouco mais de uma semana, depois do afastamento de Marcos Pina, que saiu por causa das supostas irregularidades na CBV.
O cartola paranaense chega com a responsabilidade de controlar a maior crise já vivida pela entidade. “Está sendo uma semana com muitas reuniões, com o Banco do Brasil que é o principal patrocinador e que quer saber exatamente o que está acontecendo, com a Rede Globo que detém os direitos de transmissão. Estou há quatro dias aqui no Rio e há quatro dias apagando incêndio”, declarou Barbieri.
As denúncias dão conta que o ex-superintendente teria um contrato para gerir toda a verba de patrocínio que a entidade recebe do BB. Até o fim de 2014, a companhia receberia R$ 10 milhões. Além desta, outras denúncias podem surgir e este é o receio da entidade, uma vez que o vôlei sempre foi exemplo de gestão no Brasil. “Eu tenho a informação que tem mais documentos que viriam a público, mas como estamos trabalhando forte para esclarecer tudo, acho que isso não vai acontecer, a gente está determinado a apurar e esclarecer os fatos”, destacou.
No final da semana passada, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, chegou a determinar que a Secretaria Federal de Controle Interno investigue as denúncias de irregularidades, o que facilitaria o trabalho da CBV, segundo Neuri. “Estamos com três orçamentos de empresas de auditorias, não sabemos se vamos gastar com isso, é muito caro. Tem a entrada da CGU que é muito séria. Eu tenho o compromisso público de dar uma resposta”.
Neuri preside a FPV há 32 anos. Ele foi um dos responsáveis por colocar o vôlei do estado entre os melhores do Brasil. Hoje virou o responsável por controlar a maior crise da história da entidade.
