Na terça-feira passada, o Atlético perdeu, de virada, para o Boa Esporte, com dois gols sofridos no segundo tempo (aos 11 e aos 38 minutos). Tomar gols na etapa final do confronto contra o time mineiro não é um fato isolado. Há vários jogos o Furacão vem sofrendo com queda de rendimento nos 45 minutos finais dos duelos. Esta mudança repentina de comportamento de um tempo para outro é retratada nos números apresentados pelo time. Nesta temporada, o Furacão levou 29 gols e 58% deles aconteceram no segundo tempo. O número de gols sofridos vai crescendo conformo o cronômetro se aproxima do fim.
Nesta temporada, ao voltar do intervalo dos jogos, até os 15 minutos o Furacão sofreu 4 gols. Entre os 16 e os 30 minutos viu sua meta ser vazada 6 vezes. Porém, o grande perigo à meta rubro-negra está na reta final dos confrontos. Nos 15 minutos finais, o time já sofreu 8 gols neste ano. Muitos destes gols custaram caro ao Furacão. Duas derrotas e três empates, para ser mais preciso, que se tivessem sido evitados poderiam ter dado um início diferente de temporada para o clube.
No dia 22 de abril, o Atlético perdeu para o Coritiba por 4 x 2, em partida que deveria vencer para tentar ficar com o título do segundo turno e, assim, ser campeão direto do Campeonato Paranaense. Na citada partida, foram 3 gols na etapa final: Lincoln, aos 14, Roberto aos 31 e Renan Oliveira aos 47 do segundo tempo. Ainda pelo returno Estadual, antes mesmo do Atletiba decisivo, o Rubro-Negro cedeu o empate no segundo tempo para o Roma Apucarana, no dia 18 de março, e para o Corinthians-PR, no dia 8 de abril, ambos por 1 x 1. No primeiro jogo, o gol foi aos 35 da etapa final; no segundo, o gol saiu aos 16. Quatro pontos deixados para trás e que poderiam ter dado o título do turno ao Furacão.
Na Copa do Brasil, também houve repetição do erro, principalmente nos jogos contra o Palmeiras, em que os gols do segundo tempo interferiram diretamente no resultado final. No jogo de ida, o Rubro-Negro vencia por 2 x 1 e aos 14 do segundo tempo deixou Maikon Leite empatar, acabando com a vantagem que tinha construído. No jogo de volta, valendo vaga inédita nas semifinais da Copa do Brasil, o Palmeiras venceu, mas só conseguiu balançar as redes quando o jogo já estava na segunda etapa. Luan, aos 23 e Henrique, aos 37, acabaram com o sonho do time de Juan Ramon Carrasco.